
CARACAS, Venezuela.— «O Parlamento venezuelano, em uma reunião na terça-feira, 13 de agosto, decidiu aprovar um conjunto de leis para proteger a população contra o ódio, o terrorismo e a disseminação de ideias fascistas nas redes sociais», declarou o presidente da Assembleia Nacional (AN), Jorge Rodríguez.
São elas a Lei de Controle, Desempenho e Financiamento de Organizações Sem Fins Lucrativos e a Lei contra o Fascismo, Neofascismo e Expressões Similares. Esta última foi apresentada em abril pela vice-presidente executiva Delcy Rodríguez.
Após a reunião parlamentar, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, instou o governo venezuelano a «não adotar essas ou outras leis que prejudiquem o espaço cívico e democrático do país». Türk também se referiu às supostas «detenções arbitrárias» e ao «uso desproporcional da força por parte das agências de aplicação da lei».
Em resposta a essas «declarações intempestivas», o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, emitiu um comunicado no qual as rejeitou «nos termos mais fortes».
Gil enfatizou que o alto comissário deliberadamente omitiu a condenação dos eventos terroristas e fascistas que cercaram as eleições presidenciais.
Por fim, reiterou seu apelo para que Turk «desista de sua atitude provocativa, cesse seu ataque brutal às instituições venezuelanas e fique do lado das vítimas da violência da extrema direita que, usando métodos fascistas, tentou causar danos à população venezuelana».