Na segunda-feira, 20 de janeiro, Donald Trump tomou posse como o 47º presidente dos EUA, convertendo-se, assim, no segundo, nessa nação, que ocupará o cargo durante dois mandados não-consecutivos.
Em seu discurso inaugural, carregado das conhecidas posses e frases habituais do político republicano, o presidente garantiu: «o declive dos EUA acabou. Seremos a inveja de todas as nações e não vamos permitir que se aproveitem de nós».
Cercado pela euforia de seus parceiros e da posse pétrea dos democráticos participantes no ato, anunciou que vai declarar emergência nacional na fronteira com o México, que vai mudar o nome do Golfo do México pelo de Golfo da América, e que vai «recuperar» o Canal do Panamá.
A nova administração vai denunciar os cartéis do narcotráfico como organizações terroristas estrangeiras, e vai invocar a Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1789, para combater as gangues e as redes criminosas.
No âmbito econômico, o presidente garantiu que vai acabar com a «inflação recorde» que açoita o país, situação que atribuiu ao «excesso de despesas» e a políticas energéticas erradas.
Quanto ao comércio externo, disse que trabalha na criação do Serviço de Impostos Externos, para arrecadar tarifas e outros gravames.
Como era já esperado, conhecendo a projeção do político republicano, a nova administração anunciou a intenção dos Estados Unidos de se retirarem, pela segunda ocasião, do Acordo de Paris sobre o Clima.
Na cerimônia marcaram presença os dois líderes da administração democrata que termina: Joe Biden e Kamala Harris, acompanhados dos ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush, Bill Clinton, e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
Algumas das personalidades políticas latino-americanas que participaram da posse foram os presidentes da Argentina, Javier Milei; do Equador, Daniel Noboa; do Paraguai, Santiago Peña; e de El Salvador, Nayib Bukele.
Ainda, participaram do ato o vice-presidente chinês, Han Zheng; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; e o ex-primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki.
Ainda, não faltaram os diretores executivos dos gigantes tecnológicos como Mark Zuckerberg, de Meta; Jeff Bezos, da Amazon; e Elon Musk, de Tesla e SpaceX, entre outros.
Começa, assim, a nova temporada da saga Trump que, como parte de sua variada «ementa», promete uma política econômica protecionista, deportações em massa e o aumento das tensões bilaterais com alguns países latino-americanos.