
«Mais uma vez ratificamos o compromisso inabalável de Cuba com a paz, a não-proliferação das armas nucleares e a não-realização de testes nucleares», disse o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, a Robert Floyd, diretor executivo da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO).
O presidente recebeu o chefe dessa organização internacional na tarde de terça-feira, 1º de abril, no Palácio da Revolução; agradecendo à CTBTO pelo apoio e pelas relações que mantém há anos com a Ilha maior das Antilhas e reconhecendo o desempenho pessoal de Floyd pela existência de «um sistema de verificação robusto, blindado, eficaz e eficiente» sobre armas nucleares.
Díaz-Canel valorizou o intenso programa de trabalho que o diretor executivo da organização vem realizando nos últimos dias, que já está deixando sua marca, como o fortalecimento das relações da CTBTO com um grupo de instituições cubanas, incluindo centros e agências do ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Citma), o ministério das Relações Exteriores (Minrex), a Universidade de Havana, o Instituto Superior das Relações Internacionais e a Defesa Civil.
Díaz-Canel agradeceu à CTBTO por seu apoio no treinamento de especialistas e pessoal nessas questões, e pelas facilidades de acesso ao centro de dados internacional, para ter informações confiáveis e, com base nisso, realizar estudos comparativos, atualizar e projetar programas e estatísticas cubanas.
«Tudo isso», disse o presidente cubano ao diretor executivo da CTBTO, «são motivos suficientes para que o senhor seja bem-vindo a Cuba, junto com o resto de sua delegação; com esta visita». E acrescentou, «nossas relações se estreitaram».
O dr. Robert Floyd disse a Díaz-Canel que era uma grande honra poder conhecer «o líder de um país tão comprometido com a não-proliferação das armas nucleares e o desarmamento total».
Lembrou que, após a Crise de Outubro de 1962, um ano depois, foi assinado o Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares, um sinal, segundo ele, de que «das crises, das dificuldades, também surgem novas oportunidades».
«Estes são tempos de noite escura para conseguir o desarmamento e a não-proliferação de armas nucleares; no entanto, nossa organização continua sendo uma luz, uma chama, apesar dessas circunstâncias», disse o diretor executivo da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, que recordou, a propósito, que Cuba foi um dos primeiros países a ratificá-lo.
O Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares entrou em vigor em 22 de janeiro de 2021, depois de alcançar as 50 ratificações necessárias; Cuba foi o quinto país do mundo a ratificá-lo, iniciando-o em 20 de setembro de 2017, no mesmo dia em que foi aberto para assinatura na sede das Nações Unidas, e ratificando-o em 30 de janeiro de 2018, outro sinal de seu compromisso com o desarmamento geral e completo.
Participaram da reunião a sr.ª Lynette Floyd, esposa do diretor executivo da CTBTO; o sr. Pedro Penha, assistente do diretor executivo; e a Sr.ª Alinas Canas, oficial das Relações Internacionais.
O lado cubano foi representado por Eduardo Martínez Díaz, vice-primeiro-ministro; Gerardo Peñalver Portal, primeiro vice-ministro do Minrex; José Fidel Santana Núñez, primeiro vice-ministro do Citma, e Ulises Fernández Gómez, diretor das Relações Internacionais do Citma.