
Pequim.— A 4ª reunião ministerial do Fórum China-Celac, realizada na última terça-feira, 13 de maio, em Pequim, foi concluída com uma certeza: a América Latina e a China criaram um novo mapa baseado na cooperação para o desenvolvimento.
Qual foi o caminho que levou a essas transformações em infraestrutura, comércio, intercâmbio cultural, para dar apenas alguns exemplos?
Como os países latino-americanos têm buscado diversificar suas relações globais, a colaboração com a China tornou-se fundamental para o progresso sustentável.
Os laços foram facilitados pelo apoio da China ao multilateralismo e ao sistema de organizações internacionais, essenciais para a elaboração e implementação de estratégias para o progresso.
Foi assim que o presidente Xi Jinping o descreveu há dez anos: «O Fórum China-Celac é uma novidade. Para que essa muda se transforme em uma árvore, é essencial que ambos os lados cuidem bem dela».
Os resultados confirmam que a árvore cresceu, levando ao surgimento e à consolidação de vários projetos. A iniciativa da Faiza e da Rota tem sido uma das mais visíveis. Mais de vinte países da região fazem parte dessa plataforma e dez assinaram planos específicos de colaboração com o gigantesco país asiático.
Ao preencher a lacuna existente, a China se tornou o segundo maior parceiro comercial da América Latina e do Caribe, e o maior parceiro comercial do Brasil, Chile, Peru e Uruguai, entre outros.
O conceito de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade tem sido a pedra angular dessas novas realidades da cooperação sino-latino-americana.
DE 65 ANOS DE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS A UM FUTURO COMPARTILHADO
Cuba e China comemoram 65 anos de relações diplomáticas em 2025. A comemoração proporcionou um contexto e uma motivação adicional para o fortalecimento dos laços.
Os programas conjuntos em biotecnologia, os investimentos em energia renovável e o fortalecimento do intercâmbio educacional e cultural são exemplos de como os princípios de benefício mútuo e o trabalho em direção ao consenso alcançado entre os presidentes Miguel Díaz-Canel Bermúdez e Xi Jinping foram concretizados.
Na última segunda-feira, 12 de maio, os ministros das Relações Exteriores de ambos os países, Bruno Rodríguez e Wang Yi, destacaram a amizade das duas nações e expressaram a intenção de continuar trabalhando para alcançar novos objetivos. Naquela reunião, os laços foram descritos como um modelo de solidariedade e ajuda mútua para os países em desenvolvimento.
A realização bem-sucedida da 4ª reunião ministerial contribuiu para a definição de novos horizontes. Isso é confirmado pela aprovação da Declaração de Pequim e do Plano de Ação Conjunta Celac-China para Cooperação em Áreas-Chave.
Na apresentação do consenso alcançado durante o Fórum, Wang Yi, acompanhado por Laura Sarabia e Enrique Reina, ministros das Relações Exteriores da Colômbia e de Honduras, respectivamente, afirmou-se que o país asiático e a região preveem perspectivas favoráveis de cooperação e se reafirmou que a China compartilhará as oportunidades derivadas da modernização e da abertura de alto nível que se está realizando.
Trata-se de um cenário que permitirá um maior crescimento da árvore simbólica, plantada há uma década, e impulsionará a transformação dos mapas existentes, beneficiando a união sino-latino-américa e criando novas possibilidades para a comunidade global.





