ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Estúdios Revolución
RIO DE JANEIRO.– «Minha mensagem ao povo cubano é de imensa gratidão», expressou Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do grupo Brics, à equipe de imprensa da Presidência da República de Cuba na manhã de 7 de julho.
 Economista de profissão e ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff se encontrou com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez no contexto da 17ª Cúpula do Brics. Ao final do encontro, a amiga especial — eleita para o cargo atual em março de 2023 e confirmada em 2025 — compartilhou uma mensagem para o povo da Ilha maior das Antilhas com os jornalistas.  
 «Tenho uma dívida muito grande com Cuba. Uma dívida com um país que sempre se solidarizou com o Brasil, que se solidarizou com o povo brasileiro numa área muito delicada, que é a Saúde Pública», declarou Dilma.
 Disse que se sentia em dívida com o Comandante-em-chefe Fidel Castro, com seu camarada Raúl, com o presidente Díaz-Canel e com o povo cubano. O motivo? Durante seu governo, o gigante sul-americano desfrutou de «atenção primária à saúde, que é fundamentalmente uma atenção fundamental à saúde».
 Disse que «nós não tínhamos médicos suficientes. Os médicos cubanos chegaram ao Brasil e foram muito bem recebidos, completamente; porque o modelo médico cubano é uma relação direta e pessoal, na qual a doença é vista não como um problema, mas como um tema para entender como tratar a pessoa».
 Dilma afirmou que «hoje, se o Brasil tem outra situação no atendimento de saúde primário, devemos isso a Cuba, porque, por um tempo, os médicos cubanos foram essenciais. Eles deixaram um modelo de conduta médica, em que o paciente é tratado com reconhecimento do ser humano, cuja história médica deve ser compreendida».
 «Os profissionais da Ilha», argumentou Rousseff, «além de terem contato físico com o paciente, prestam um atendimento humanizado ao doente: E só um povo como Cuba, com toda a história política de Cuba, tem condições de criar uma medicina, um tratamento de saúde que seja centrado no ser humano e não na doença».
 «Eles tratam todo mundo bem», reconheceu a ex-presidente com admiração.
 Ela compartilhou com os repórteres a maravilhosa anedota de que «em muitas ocasiões, no meu país, nos municípios do interior do Brasil, quiseram eleger médicos cubanos como prefeitos e deputados, porque (o povo sentia que) eles os representavam».