ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
No evento foi descerrado um selo comemorativo e inaugurada uma exposição fotográfica com marcos nos laços entre os dois povos. Photo: Estúdios Revolución
Pequim.–«Somos eternamente gratos ao povo chinês, ao Partido Comunista da China e à liderança do governo chinês pelo apoio que sempre deram a Cuba», disse Miguel Díaz-Canel Bermúdez, primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, na cerimônia que marcou o 65º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas, realizada na tarde de quinta-feira, 4 de setembro, em Pequim.
 
A comemoração, realizada na sede da Associação do Povo Chinês para a Amizade com Países Estrangeiros (AAPCHE), também foi liderada por Han Zheng, vice-presidente da República Popular da China, e Yang Wanming, presidente da AAPCHE.
 
Por sua contribuição ao fortalecimento dos laços entre os povos cubano e chinês, Yang foi agraciado com a Medalha da Amizade por Decreto Presidencial, por sugestão do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), uma honraria que recebeu do próprio líder cubano.
 
Em seu discurso marcando o 65º aniversário da formalização das relações bilaterais, o vice-presidente Han Zheng da República Popular da China revisou os laços históricos entre os dois países e o apoio mútuo que eles forneceram ao longo dos anos.
 
Saudou a participação de Díaz-Canel no evento central e no desfile militar em comemoração ao 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista, realizada em 3 de setembro na Praça da Paz Celestial.
 
Destacou o encontro desta quinta-feira, 4, de manhã entre o secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista Chinês e presidente, Xi Jinping, e seu homólogo cubano, como uma demonstração, disse, da «amizade férrea» que os dois países construíram.
 
«Foi uma troca que permitiu, disse chegar a novos consensos para continuar consolidando o estreito relacionamento entre os partidos, governos e povos chinês e cubano», disse.
 
Em seu discurso perante as autoridades e outros amigos de Cuba e funcionários cubanos que trabalham no gigante asiático, Díaz-Canel compartilhou suas avaliações sobre as recentes celebrações patrióticas da China e sua feliz coincidência com as comemorações bilaterais.
 
Lembrou que os laços de 1960 até o presente «foram concebidos, desenvolvidos e forjados pelo relacionamento entre os líderes da Revolução Cubana e os líderes da Revolução Chinesa, especialmente o Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz e o presidente Mao Zedong, relações que foram continuadas por novas gerações de líderes chineses e cubanos.
 
As nossas, acrescentou, «são relações que superaram os desafios e as dificuldades impostas por diferentes momentos históricos«.
 
«É preciso dizer», enfatizou o líder caribenho, «que ao longo dos anos conseguimos desenvolver uma série de projetos mutuamente benéficos, tivemos amplas trocas sobre questões globais, concordamos nos aspectos centrais de nossas relações e isso nos levou a fortalecer cada vez mais esse relacionamento próximo».
 
Depois de relatar os laços culturais e sanguíneos que unem os dois povos, que remontam ao século XIX, observou que as relações mútuas de hoje têm um significado adicional.
 
«Estamos vivenciando um momento particularmente importante de consolidação, devido às fortes relações interpartidárias e ao monitoramento e implementação do consenso que temos construído com o presidente Xi nos últimos anos», afirmou. 
 
Explicou que estão avançando «rumo a conceitos renovados sobre como deve ser a cooperação entre China e Cuba nas principais áreas que envolvem o desenvolvimento econômico e social do nosso país».
 
«Encontramos modelos de cooperação de interesse comum que garantem benefício mútuo e permitem a integração entre os participantes desses projetos».
 
«De fato, hoje temos, para orgulho de Cuba, líderes empresariais e instituições chinesas presentes nas principais áreas necessárias para o desenvolvimento econômico e social e a prosperidade que o povo cubano merece depois de ter suportado 65 anos de um bloqueio econômico, comercial e financeiro brutal e genocida», comentou.
 
Na cerimônia que marcou o 65º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Cuba, realizada na tarde de quinta-feira, 4 de setembro, em Pequim, um envelope comemorativo foi revelado e uma exposição fotográfica com marcos nos laços históricos entre os dois povos foi inaugurada.
 
O evento contou com a presença de membros jovens e veteranos dos grupos de amizade da China com a Ilha maior das Antilhas, além de pessoal cubano que trabalha no país asiático vizinho.
 
A parte artística da celebração foi liderada pelo grupo coral da Escola Secundária Dayu, que interpretou canções típicas cubanas, e pelo grupo de dança infantil formado por crianças chinesas e cubanas, que apresentaram uma coreografia inspirada na música «Me dicen Cuba».
Membros jovens e veteranos de grupos de amizade da China com Cuba participaram do evento. Photo: Estúdios Revolución