O secretário de Estado, Marco Rubio, publicou uma mensagem, na última quarta-feira, 28, afirmando que os Estados Unidos estão em estreita comunicação com os governos do Haiti, da República Dominicana, da Jamaica e das Bahamas, que enfrentam os impactos devastadores do furacão Melissa. Posteriormente, Rubio prometeu ajuda de todos os tipos.
Uma omissão imperdoável e antiética lançou dúvidas sobre a existência de Cuba e dos cubanos, além de ignorar o fato de que Melissa também passou por Cuba.
Se o embargo «não existe e somos terroristas», então o furacão também não passou por Cuba. O ódio e o preconceito anticubano não passaram despercebidos. Os cubanos, tanto aqui quanto no exterior, sabem disso. É por isso que ele já foi incluído há muito tempo na lista de traidores em Miami.
Rubio e seu governo têm plenos poderes para suspender medidas coercitivas (remessas, restrições de viagem e outros atos de perseguição) que dificultam a busca por soluções rápidas para os graves danos causados pelo furacão Melissa e o impacto do estrangulamento econômico imposto pelo bloqueio intensificado.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, foi muito claro no dia 29 na ONU:
«Se o governo dos Estados Unidos tem a mínima preocupação em 'ajudar o povo cubano', deveria suspender ou abrir exceções humanitárias ao bloqueio, considerando os danos que o furacão Melissa causará e já está causando».
«Cuba é um país pacífico. Ninguém em sã consciência e com um mínimo de honestidade pode afirmar que Cuba representa ou pretende representar uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos, uma grande potência, e ao bem-estar do povo norte-americano».
Um dia após o telefonema de Bruno na ONU e a inexplicável omissão da nota de Rubio, uma breve mensagem nas redes sociais do secretário de Estado mudou repentinamente o tom, afirmando: «Estamos preparados para oferecer ajuda humanitária imediata ao povo de Cuba, afetado pelo furacão».
É verdade?
A verdade é que, embora o ministério das Relações Exteriores de Cuba, após esta e outras comunicações públicas, tenha entrado em contato com o Departamento de Estado, ainda aguarda uma resposta oficial com detalhes sobre como e de que forma estariam dispostos a ajudar, segundo uma mensagem nas redes sociais do vice-ministro das Relações Exteriores cubano, Carlos Fernández de Cossío.
Até o momento da publicação, não se sabe se, além das declarações públicas, houve alguma comunicação oficial do governo dos EUA oferecendo assistência, como a que veio de vários países, sem manobras políticas e com pleno respeito a Cuba e às nossas vítimas.
O governo cubano, fiel às suas posições históricas e sem abrir mão de seus princípios, tem expressado repetidamente sua disposição de manter um diálogo respeitoso com o governo dos Estados Unidos, baseado na igualdade soberana, para tratar de uma ampla gama de questões de forma recíproca, sem prejudicar a independência nacional e a autodeterminação do nosso povo.
Diante do impacto devastador do furacão, o povo cubano demonstrou mais uma vez organização, disciplina e solidariedade, e a união e a vontade de priorizar a vida humana acima de tudo prevaleceram.





