Cuba aspira a fortalecer uma relação birregional mais robusta
Este ponto foi destacado pelo vice-presidente cubano, em seu discurso na 4ª Cúpula Celac-UE
Photo: Estúdios Revolución
Santa Marta, Colômbia – «Cuba espera que a 4ª Cúpula Celac-União Europeia, que começou neste domingo, 9 de novembro,nesta cidade colombiana, contribua para o fortalecimento de uma relação birregional mais robusta, orientada para o desenvolvimento inclusivo e a cooperação», afirmou Salvador Valdés Mesa, membro do Bureau Político e vice-presidente da República de Cuba, em discurso na sessão plenária do importante evento.
O vice-presidente cubano iniciou seu discurso fazendo alusão à importância da figura do Libertador Simón Bolívar, que faleceu nesta cidade de Santa Marta.
«Nesta reunião crucial», afirmou o vice-presidente, «não podemos ignorar o ataque irracional do governo dos Estados Unidos contra a Venezuela e o desdobramento contínuo de uma operação militar ofensiva dos EUA no Caribe, sob o falso pretexto de combater o narcotráfico».
Valdés Mesa afirmou que a comunidade internacional deve se mobilizar para impedir essa agressão direta e as ações militares no Caribe, que colocam em risco a paz, a estabilidade e a segurança regionais.
Ainda disse: «Também apoiamos nossos irmãos colombianos e mexicanos que, como todos os outros, também são vítimas dessa ameaça».
O vice-presidente cubano também denunciou o brutal genocídio perpetrado por Israel em Gaza, que mergulhou o povo palestino em uma alarmante crise humanitária.
Estimou que uma abordagem mais colaborativa e de maior apoio entre os países da União Europeia e a Celac permitirá que a vontade política se traduza em compromissos tangíveis e que se possa abordar melhor os desafios globais.
Também expressou sua gratidão pela postura digna, corajosa e pautada por princípios da maioria dos países presentes, que, apesar das enormes pressões a que foram submetidos, exigiram veementemente nas Nações Unidas o fim do bloqueio imposto pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba e a decisão arbitrária de incluir novamente a Ilha maior das Antilhas na lista unilateral de países supostamente patrocinadores do terrorismo.
O apoio à luta contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos, com desbordadas manifestações de solidariedade em cidades de todas as latitudes; o rechaço mundial à incluso na lista de países patrocinadores do terrorismo, e a profunda e coerente presidência do Grupo dos 77 mais a China, elevaram ainda mais o prestígio de Cuba em suas relações com o mundo