
CIENFUEGOS.— Após seis anos de trabalho especializado e difícil, culminou a obra civil da fortaleza de Nossa Senhora dos Anjos de Jagua; e ao mesmo tempo teve lugar a reabertura oficial de seu museu, no dia 20, Dia da Cultura Cubana, segundo anunciou ao Granma Internacional a diretora da instituição, Marisol Otero Álvarez.
A abertura do referido museu, inabilitado desde 2008, era uma das maiores exigências do turismo nacional e internacional que visitava o lugar, inaugurado em 1745 e única fortaleza militar ibérica de estilo renascentista, construída em sua época e que hoje em dia é Monumento Nacional.
O novo museu do Castelo de Jagua, cuja concepção espacial e visual foi pela conta do designer gráfico Miguel Ángel Albuerne, incorpora uma nova projeção gráfica de museu que, sem romper a linha estrutural destes recintos, inclui cartazes feitos de lona de PVC com as lendas dos gráficos e o conjunto do material didático.
Aqui o interessado pela história poderá conhecer acerca da organização das forças militares do baluarte militar, a história de seus capelães e capitães, a estrutura da edificação e apreciar em linhas do tempo o decurso histórico do entorno da fortaleza, a partir do ano 1.400; isto é, 345 anos antes de ser construída.
“Os trabalhos de reconstrução geral da instalação foram executados pela Brigada 21 de um contingente de construtores da Empresa Construtora de Obras de Engenharia nº 6, e pelos próprios trabalhadores do lugar. A firma italiana Resigum SRL forneceu as resinas e os materiais técnicos com que foram tratadas as três torres e os muros interiores”, indicou a diretora.
“Apesar dos seis anos de trabalho, em nenhum momento se proibiu o acesso do público à instalação. A entrada de pessoas nunca parou, embora o museu estivesse fechado. A reabertura geral, no domingo 19 de outubro, virou uma festa, com envolvimento dos moradores da comunidade próxima de El Castillo”, sublinhou Marisol.
O engenheiro militar francês Joseph Tantete e seus operários demoraram doze anos para edificar para os reis da Espanha a fortaleza de Nossa Senhora dos Anjos de Jagua, situada no pórtico da baía de Jagua desde meados do século 18, com um objetivo inicial de proteção contra os ataques de corsários ou piratas.