ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA

HAVANA.— “O caso de Cuba deve ser posto em destaque porque abre o país ao investimento estrangeiro, mas seleciona itens importantes para o país e protege os empregos domésticos”, disse em 28 de abril, nesta capital, a secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena.

A Zona de Desenvolvimento especial Mariel é um exemplo do uso das vantagens competitivas no processo de investimento estrangeiro. Photo: Jose M. Correa

“A saúde da economia na zona das Antilhas e a América Central é algo que o país deve ter em conta, porque nessa área estão seus concorrentes em termos de atrair capital estrangeiro”, disse à Agência de Informação Nacional (AIN), após participar do Primeiro Seminário Internacional Oportunidades e Desafios para o Desenvolvimento da América Latina e Cuba, que terminou nesta quarta-feira no hotel Meliá Cohiba.

“Embora, em 2015, o Produto Interno Bruto da América Latina não deva aumentar mais de 1%, na área do Caribe poderia crescer até 1,9%”, anunciou.

“Essa situação deve ser aproveitada para que, em vez de adversários, estas nações se tornem aliadas — esclareceu — porque não se pode descartar que se estabeleça um investimento interligado, onde cada economia forneça a melhor, especialmente no turismo náutico e o transporte marítimo, itens que são susceptíveis de ser explorados, dadas as condições naturais da região”.

“Acho que a Zona de Desenvolvimento Especial Mariel é um exemplo do aproveitamento das vantagens competitivas nos processos de investimento estrangeiro, porque a distância faz com que a exportação de produtos latino-americanos para outros continentes se torne mais cara, mas o porto cubano poderia ser usado como escala e plataforma de envio”, previu.

“Paralelamente à injeção de capital estrangeiro, considero que é uma estratégia adequada para continuar promovendo a exportação de serviços de saúde e a consultoria cultural”, disse Alicia Bárcena.

“Mesmo no futuro, quando os problemas de infraestrutura do país sejam resolvidos, Cuba também poderia exportar produtos relacionados à Tecnologia da Informação e Comunicações”, sublinhou Bárcena- porque tem o pessoal com a formação e habilitações necessárias para criá-los”. (AIN)