ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
O presidente da Costa Rica recebeu a condição de acadêmico correspondente estrangeiro da Academia da História de Cuba. Photo: Jose M. Correa

“ESPERO que esta visita seja o ponto de partida para relançar com mais força os vínculos entre Cuba e a Costa Rica”, expressou em 14 de dezembro o presidente dessa nação centro-americana, Luis Guillermo Solís Rivero, durante seu discurso de ingresso à Academia da História de Cuba.

Ao presidente costarriquenho lhe foi conferida a condição de Acadêmico Correspondente Estrangeiro dessa instituição, outorgada àqueles estudiosos que sem serem cubanos ou residirem na Ilha tenham realizado contribuições significativas a nossa história.

Em sua alocução intitulada ‘As relações históricas entre a Costa Rica e Cuba’, o presidente destacou a visita a seu país de Fidel Castro, no ano 1956, com o objetivo de buscar apoio para o movimento revolucionário; bem como as do Apóstolo cubano José Martí e o Titã de Bronze, Antonio Maceo, no século 19.

De sua parte, Eduardo Torres-Cuevas, presidente da Academia da História de Cuba, expressou que é uma honra reconhecer Solís, historiador de profissão que se desempenhou como docente e tem publicado mais de dez livros e dezenas de artigos para jornais e revistas especializadas.

O ato foi presidido pelo primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; o reitor da Universidade de Havana, Gustavo Cobreiro; e o historiador de Havana, Eusebio Leal.

De manhã, o presidente costarriquenho visitou as instalações do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), uma das instituições de referencia das ciências aplicadas à medicina em Cuba.

Os especialistas cubanos destacaram as potencialidades da colaboração neste campo entre Cuba e a Costa Rica e propuseram especificamente levar em diante um programa integral para o tratamento da úlcera do pé diabético com o conhecido medicamento Heberprot-P, registrado já em mais de vinte países e aplicado a mais de 200 mil pacientes em nível internacional.

Ainda, assinalaram a possibilidade de incluir técnicas e procedimentos cubanos nas opções de turismo de saúde que adianta a Costa Rica.

Solís disse que seu país e Cuba partilham uma visão parecida respeito à responsabilidade do Estado com os serviços sociais, entendidos como direitos humanos.

Acrescentou que não existe uma instituição costarriquenha das dimensões do CIGB e fez um apelo a aproveitar todas as oportunidades de intercâmbio, não só no referente à medicina mas também nas soluções biotecnológicas aplicadas à agricultura e à pecuária.

Luis Guillermo Solís visitará em 15 de dezembro o Mausoleu El Cacahual, onde descansam os restos de Antonio Maceo e Panchito Gómez Toro; colocará uma oferenda floral no monumento a José Martí e terá conversações oficiais com o presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz.