ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Jose M. Correa

Embora desde o ano 2014 se permitisse utilizar o Google Chrome e o acesso a diversas partes do Google Analytics, ainda existem serviços e aplicações tais como o AdSense e AdWords que estão bloqueados para os cubanos da partir de qualquer endereço IP da Ilha. Respeito a estas limitações, o vice-presidente de Google, Vinton G. Cerf, comentou que espera que da próxima visita do presidente Barack Obama se derivem decisões que permitam eliminar estas proibições.

“Em Cuba há muita energia criadora. Outro dos propósitos de nossa visita é ver, aprender, aproximarmo-nos dos espaços das telecomunicações e a informática na Ilha, sobretudo agora que as relações comerciais entre ambos os países estão mudando”, acrescentou perante a insistência da imprensa sobre o tema.

As declarações foram proferidas durante sua palestra intitulada “A história das ciências informáticas no mundo”, como parte das contribuições profissionais que promove o Simpósio Internacional das Telecomunicações, que desde o dia 16 de março se desenvolve no âmbito da 16ª Convenção e Feira Internacional Informática 2016.

A que se deve o sucesso da Internet? Por que não ficou obsoleta em comparação com as mais recentes tecnologias e continua sendo uma das plataformas principais para ligar-nos ao mundo? Foram algumas das perguntas lançadas pelo próprio VintonCerf e que conduziram à linha de ideias desta conferência magistral.

O número de usuários que estão ligados — indicou — supera os três bilhões de pessoas. O importante é que cada dia continue crescendo, precisamente, porque a estrutura desta rede global é dinâmica e se pode adaptar a qualquer “invenção nova” que surgir.

Acerca da gestão que realiza Google com os bilhões de dados pessoais que fluem na Internet, o especialista esclareceu que a partir de toda a polêmica desatada com o programa de vigilância da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, começou-se a codificar o tráfico da informação em virtude de preservar a privacidade do cibernauta.