
HAVANA, 19 mar (ACN).— “Vimos Fidel com tamanha força, como sempre, atualizado como o mais atualizado”, afirmou nesta capital o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, momentos antes de retornar ao seu país.
Acompanhado do primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, Maduro comentou à imprensa, no aeroporto internacional José Martí, que o líder da Revolução, Fidel Castro Ruz, recebeu-o cheio de otimismo.
“Quando chegamos estava escrevendo uns artigos, corrigindo-os; falamos de sua visão do mundo, do continente, sua grande paixão por Bolívar, pela história da Pátria Grande”, contou o presidente.
Maduro mostrou o conteúdo de uma pasta amarela que trazia nas mãos, com imagens que testemunham sua conversa com Fidel e o escrito por este, com seu punho e letra: “Lembranças de Março. Um abraço para Cilia e Maduro”.
O presidente bolivariano disse que Fidel está acompanhando os planos dos 14 motores que foram postos a andar na Venezuela, especialmente os referidos à produção de alimentos, as novas técnicas, “a necessidade de tornar-nos independentes na produção de sementes e muitas outras coisas das que sempre está pendente”.
“Como diz Dalia, sua esposa, Fidel é o homem mais informado do planeta terra”, gracejou Maduro.
Ao se referir à visita oficial de dois dias que realizou à Ilha, reiterou que retorna repotencializado, cheio de força e otimismo.
“Foi uma jornada extraordinária: as conversações com Raúl, a recepção, os documentos assinados, os novos aspectos da cooperação para o desenvolvimento compartilhado que temos exposto; foi muito emocionante porque nos move a paixão pela Pátria Grande”, destacou.
Lembrou ao líder bolivariano Hugo Chávez quando em sua primeira visita a Cuba, em 1994, disse que o século XXI seria o século da América Latina e muitos pensaram que era um pensamento audaz.
“O século XXI não pode ser o dos impérios, tem que ser o do mundo multipolar, do mundo de paz, de respeito, do reconhecimento ao direito à existência da América Latina, do Caribe, de Cuba, da Venezuela, da ALBA; tem que ser nosso século e para que seja assim é preciso trabalhar muito, unir-se, desenvolver-se e caminhar com pés próprios”, sublinhou Maduro.
Antes de partir enviou uma última mensagem ao povo cubano: “Deixamos nosso amor, uma saudação e o compromisso de sempre. O agradecimento a Raúl e Fidel, continuaremos nosso trabalho de 2016 a 2030, com novas metas, novo impulso e com a mesma visão profética de Chávez”.
“O século XXI será o século de Nossa América, estou certo que chegaremos ao ano 2030 mais unidos do que nunca, mais prósperos e mais felizes. Obrigada Cuba”, concluiu.
Durante sua visita à Ilha maior das Antilhas, Maduro examinou com o presidente cubano o andamento do Convênio Integral de Colaboração e foi condecorado com a Ordem José Martí, a mais alta condecoração que outorga o Estado Cubano.
Ao povo venezuelano e a sua resistência dedicou o presidente bolivariano a Ordem José Martí, que lhe foi imposta na sexta-feira, 18 de março, pelo presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, general-de-exército Raúl Castro.
Raúl reiterou a Maduro a irrestrita solidariedade de Cuba com a Revolução Bolivariana e chavista e a união cívico-militar do povo venezuelano.
Maduro disse ter recebido a condecoração como um compromisso de lealdade aos ideais dos líderes Fidel Castro e Hugo Chávez, e “às ideias gloriosas que fizeram pôr nossos povos de pé”. E lembrou os momentos vividos por Cuba e a Venezuela nas últimas duas décadas na consolidação da unidade latino-americana, como a fundação da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, Petrocaribe e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos, que qualificou como uma nova realidade que ninguém poderá desconhecer e que toca defender.
Duante sua visita a Havana o presidente veio acompanhado da primeira combatente Cilia Flores; a vice-presidente setorial de Soberania Política, Segurança e Paz e ministra do Poder Popular para as Relações Exteriores, Delcy Eloína Rodríguez Gómez e outros funcionários do gabinete presidencial.







