A casa de altos estudos mais antiga de Cuba obteve a qualificação de excelente no processo de avaliação institucional, que em outubro passado realizou a Junta de Credenciamento Nacional (JCN). O resultado orgulha seus professores, trabalhadores e estudantes e não é por acaso, pois é a primeira vez que no país é concedida a uma instituição de educação superior a máxima qualificação no padrão de qualidade.
A Universidade de Havana (UH) é líder em produção científica em nível nacional. Prova disso é que em 2015 obteve 21 prêmios da Academia das Ciências e em 2014 as láureas foram 23.
A instituição oferece 32 carreiras, conta com 66 programas de mestrados e 22 programas de doutoramento.
A diferença de outras instituições de ensino superior, que também foram avaliadas, a UH tem credenciados todos os programas de pré-grau, pós-graduação e doutorado que se podem submeter ao processo de credenciamento.
Sobre a importância de tão alto reconhecimento, o reitor da instituição acadêmica, doutor Gustavo Cobreiro, referiu: “Este é o resultado de uma estratégia traçada há cinco anos. Os 64% de nossas carreiras e os 73% dos programas de mestrado estão credenciados de excelência”.
A cada ano na Universidade de Havana são formados ao redor de 3,500 licenciados, mais de 800 mestres em Ciências e mais de 100 doutores.
Atualmente, o curso regular diurno dispõe de uma matrícula de 14.949 estudantes, 1.784 bolsistas e 224 estudantes estrangeiros de 43 países. Por outro lado, todos os anos passam pela instituição mais de 5 mil estrangeiros para receber algum serviço acadêmico.
QUALIDADE COM RECONHECIMENTO INTERNACIONAL
A Junta Nacional de Credenciamento é o organismo avaliador dos programas de carreiras, mestrados, doutorados e especialidades de pós-graduação e instituições.
Os padrões de qualidade que estabelece respondem aos padrões e tendências de agências internacionais, atendendo à particularidade do contexto cubano.
Muitos dos programas de pós-graduação da Universidade de Havana obtiveram prêmios da Associação Universitária Ibero-americana de Pós-graduação (AUIP), instituição que distingue a qualidade da pós-graduação na América Latina.
Em 2015, a AIUP outorgou o Prêmio à Qualidade ao Doutoramento em Ciências Pedagógicas, ministrado pelo Centro de Estudos para o Aperfeiçoamento da Educação Superior (Cepes). Igual reconhecimento também foi obtido pelos programas acadêmicos da UH como os mestrados em Matemáticas, Biologia e Química.
Outro exemplo da excelência atingida pela prestigiosa universidade é os mais de 450 convênios e mais de 260 projetos internacionais dos quais faz parte.
CONEXÃO E INFRAESTRUTURA
Hoje a UH tem mais de 10 mil usuários da Internet, ao tempo que dispõe de redes inalámbricas em todas as faculdades, em todos os centros e em todas as residências estudantis com mais de três mil computadores interligados.
Não se pode deixar de apontar os avanços na infraestrutura da Universidade, um aspecto significativo se levarmos em conta que a instituição tem 67 prédios fora de sua sede central. A respeito disso o doutor Cobreiro Suárez assinala:
“Fomos mudando a universidade. A metade dos apartamentos das residências estudantis está completamente reparada, todas as faculdades e todos os centros de pesquisas receberam ações de reparação.”
Embora ainda alguns prédios, sobretudo os que possuem valor patrimonial, estejam em processo de reparação, não para a formação dos estudantes e nisso tem um papel primordial o vínculo com outras instituições.
“O problema não é onde o estudante adquire as habilidades — assegura o reitor —, senão como são obtidas. Os biólogos não têm todo o equipamento necessário, mas os jovens vão ao Polo Científico. O vínculo com o setor estatal, com a empresa, com as entidades do governo faz com que as habilidades que não possam ser adquiridas aqui na universidade se obtenham nesses lugares.”
SEMPRE AO LADO DA REVOLUÇÃO
Em 2010, a UH foi uma das primeiras instituições do país que se certificou. Seis anos depois tem previsto ingressar por conceito de serviços acadêmicos e venda de produção científica três milhões de pesos conversíveis, cifra que supera os 2,5 milhões de 2015.
“Cumprimos os 95% das metas que nos propusemos e isso nos levou a um resultado em 2016, que sobressai acima dos resultados do padrão de qualidade”, assegura Gustavo Cobreiro Suárez.
“Agora estamos trabalhando na projeção estratégica de 2021, onde vamos propormos metas maiores: manter a liderança nacional nas ciências, na pós-graduação e na pesquisa, mas acho que o desafio mais importante é que a universidade esteja sempre ao lado da Revolução, preservar suas conquistas e preservar a universidade para o desenvolvimento do país”.
