
Palavras do secretário do Conselho de Estado, Homero Acosta Álvarez, no ato de entrega da ordem José Martí a Evo Morales Ayma, presidente do Estado Plurinacional da Bolívia em Havana, em 20 de maio de 2016, “Ano 58º da Revolução”.
(Versões estenográficas - Conselho de Estado)
Companheiro Evo Morales Ayma, presidente do Estado Plurinacional da Bolívia;
Companheiro general-de-exército Raúl Castro Ruz, presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros da República de Cuba;
Distintos membros da delegação boliviana;
Companheiras e companheiros:
O Conselho de Estado da República de Cuba, por proposta de seu presidente, determinou outorgar a Ordem José Martí, ao companheiro Evo Morales Ayma, presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, em virtude de seus extraordinários méritos, seus valores e compromisso com seu povo e com a integração da Nossa América.
De origem muito humilde, camponês, líder sindical, deputado, protagonista das lutas contra o neoliberalismo e o despojo dos recursos naturais, o irmão Evo é um genuíno representante de seu povo, dos indígenas, os camponeses, os mineiros, os operários e dos movimentos sociais que promovem e defendem os interesses e aspirações dos setores populares.
Durante mais de uma década, Evo liderou a Revolução Democrática e Cultural que transformou seu país, construindo, junto a seu povo, uma pátria mais justa e soberana.
O Estado Plurinacional da Bolívia, fundado por ele, já não é a nação mais pobre da América do Sul, na qual uma terceira parte da população vivia em condições de pobreza e abandono. Bolívia mostra hoje índices de crescimento e desenvolvimento constantes, significativos avanços em termos de equidade, saúde e educação, e é um exemplo da aplicação bem sucedida de políticas sociais inclusivas. Pela primeira vez na história, os múltiplos povos e culturas originárias que compõem essa nação, veem reconhecidos seus direitos, participam ativamente da vida política e fazem parte indissolúvel da sociedade e o Estado.
O presidente Evo destaca também por sua liderança internacional na defesa da cultura e os direitos dos povos originários no mundo todo e da Pachamama ou Mãe Terra.
De nosso apóstolo José Martí aprendemos que “Nossa América há-de salvar-se com seus índios” e que o bom governante não será aquele “que sabe como se governa o alemão ou o francês, mas sim aquele que sabe com quais elementos está feito seu país e como pode ir guiando-os em conjunto”.
O presidente Evo Morales contribuiu e contribui extraordinariamente para a salvação da Nossa América, à conquista de sua definitiva independência e à integração latino-americana e caribenha.
Presidente Evo:
Cuba tem sido honrada com sua amizade desde os difíceis anos em que, como líder dos movimentos sociais, enfrentou-se aos perigos que entranha lutar pela justiça e o bem-estar de seu nobre povo.
Sua entranhável amizade com o Líder Histórico da Revolução Cubana, companheiro Fidel Castro, é expressão dos históricos e indestrutíveis laços de irmandade e solidariedade que unem nossos povos e prestam homenagem aos bolivianos e cubanos que combateram juntos sob a direção do comandante Ernesto Che Guevara.
Receba, irmão presidente Evo, a mais alta condecoração que outorga nossa Pátria, que leva o nome do Herói Nacional de Cuba. Sirva este reconhecimento, também, como mostra do respeito e carinho que sente o povo cubano pelo povo boliviano, por Bolívia e pelo senhor.
Muito obrigado (Aplausos).