Cumprindo os compromissos assumidos em sua condição de signatária do Protocolo de Montreal, Cuba erradicou totalmente os clorofluorcarbonetos (CFC) na refrigeração doméstica e comercial, bem como na fabricação de aerossóis farmacêuticos e industriais.
Assim o ressaltou o diretor do Escritório Técnico de Ozônio (OTOZ, siglas em espanhol), doutor em Ciências Nelson Espinosa Pena, na abertura do Seminário Oficina CONTAT 2016, que tem lugar na sede da Sociedade Meteorológica de Cuba (Sometcuba), auspiciado pelo Centro de Estudos sobre Poluição e Química Atmosférica do Instituto de Meteorologia.
Dentro das contribuições significativas do país na diminuição progressiva de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDOs) aparecem também a completa eliminação do brometo de metila na fumigação de armazéns e na cultura do fumo, café, plantas ornamentais, flores, tomate e outros, a supressão do tetracloreto de carbono nos laboratórios e a não existência de extintores de incêndios contendo halon, exceto nos aviões.
Tão apreciável esforço, precisou o doutor Espinosa, implicou a modernização de inúmeras usinas industriais com a introdução de tecnologias de ponta livres de SDOs, a fabricação de novos produtos distintos por essa característica, a capacitação de milhares de técnicos e mecânicos em refrigeração treinados em diferentes cursos de boas práticas, e a introdução no setor agrícola de métodos biológicos alternativos de controle integrado de pragas.
Precisou que atualmente é executado um cronograma acelerado dirigido à eliminação dos hidroclorofluorcarbonetos (HCFC) para 2030, conseguindo-se já em 2015 una redução de 10% no consumo.
Como assinalou a especialista da OTOZ, mestra em Ciências Natacha Figueredo Valdés, no ano passado Cuba iniciou a destruição de SDOs, mediante o uso de uma moderna usina de tecnologia japonesa montada com esse propósito na fábrica de cimento de Siguaney, província de Sancti Spíritus.
O anterior coloca à Ilha maior das Antilhas no reduzido grupo de nações em dispor de capacidade própria para levar a cabo tão complexo trabalho na região.
