ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Estudio Revolución

GUANTÁNAMO.— Até a mais oriental das províncias cubanas chegou cedo, na manhã de domingo, 2 de outubro,, o presidente do Conselho de Defesa Nacional, general-de-exército Raúl Castro Ruz, para conhecer in loco os preparativos que aqui se desenvolvem diante do perigo que representa o furacão Matthew.

Acompanhado do vice-ministro das Forças Armadas Revolucionárias, general-de-corpo de-exército Ramón Espinosa Martín, Raúl participou da reunião do Conselho de Defesa Provincial, conduzida por seu presidente, Denny Legrá Azaharez, quem precisou que foram implementadas as medidas correspondentes à fase de alerta ciclônica, encaminhadas, na essência, à proteção da população e a minimizar as perdas econômicas, tanto quanto seja possível.

Igualmente, explicou que na jornada de sábado um grupo do Conselho de Defesa Provincial percorreu vários lugares onde se pudessem produzir as maiores afetações, sobretudo as zonas costeiras, dado o risco de enchentes e penetração do mar.

O general-de-exército interessou-se por conhecer as ações que foram implementadas para manter informada a população de Guantánamo, que ao não ter enfrentado um evento climatológico semelhante, não tem uma ideia real de seu perigo e magnitude.

Nesse sentido, precisou-se que foram adotadas diversas ações, apoiadas fundamentalmente pelos meios de comunicação em massa do território. Soube-se, ainda, da realização de programas especiais, tanto na rádio como na televisão, bem como a passagem de carros com alto-falantes pelas ruas para dar a conhecer as medidas e decisões que oportunamente deve dominar o povo, ao tempo que se insistiu na importância e necessidade de cumprir as orientações da Defesa Civil.

Da mesma forma, durante a reunião explicaram-se, entre outros aspectos, o processo de evacuação da população, ao ter previsto transladar para locais estatais e moradias algo más de 179.000 pessoas, a maioria das quais mora em zonas com possibilidade de desabamentos de terra e enchentes.

O presidente do Conselho de Defesa Nacional reiterou a necessidade de aproveitar até o mais mínimo detalhe as experiências obtidas em eventos similares. “Sempre se apresentarão situações novas e imprevisíveis, mas muito servem as já vividas para fazer face aos mais diversos cenários”, enfatizou.

Ao concluir esta reunião, o general-de-exército visitou a Região Militar de Guantánamo, onde seu chefe, o general-de-brigada Luis Coureaux Navea, explicou as possíveis afetações que podem produzir e as ações postas em prática para a proteção dos recursos humanos e materiais.

“Agora a grande tarefa é prepararmo-nos, para assumir depois a reconstrução”, valorizou o general-de-exército.

Pouco depois, encaminhou-se ao Estado Maior da Brigada da Fronteira, onde o coronel Erasmo Méndez Fernández, chefe desta unidade militar, precisou as principais afetações que poderiam ocorrer. Igualmente, explicou as medidas prévias de evacuação do pessoal, o armamento e os meios técnicos.

ACOMPANHAR, ORIENTAR E AJUDAR

Simultaneamente a estas atividades, os ministros dos Transportes, de Energia e Mineração, da Construção, das Comunicações, da Agricultura e do Comércio Interior, bem como a presidenta do Instituto Nacional dos Recursos Hidráulicos e o vice-ministro primeiro da Saúde Pública, dividiram-se em dois grupos de trabalho para acompanhar, orientar e ajudar os conselhos de defesa provinciais de Granma e Guantánamo.

Na reunião vespertina realizada em Guantánamo, os dirigentes presentes foram atualizados sobre a situação existente e conheceram em detalhes das decisões adotadas pelos diferentes subgrupos de trabalho de ambas as províncias.

Ao comentar à imprensa suas apreciações sobre o percurso feito por algumas entidades na manhã de domingo, 2 de outubro, a ministra do Comércio Interno, Mary Blanca Ortega Barredo, disse que pôde verificar que o comércio garantiu levar ao povo os produtos da cesta básica, a qual se começou a vender desde 1º de outubro passado, estendendo os horários de venda para facilitar o acesso por parte da população.

Ainda, acrescentou que conseguiram contabilizar a totalidade dos materiais da construção existentes, nas redes comerciais varejista e a retalho, o qual permite conhecer as quantidades reais existentes e assim poder fazer uso deles assim que seja decretada a etapa de recuperação.

Por sua parte, Alfredo López Valdés, ministro da Energia e Mineração, explicou que, tendo em conta as experiências adquiridas depois da passagem do furacão Sandy, no ano 2012, nesta ocasião pelas províncias de Guantánamo e Granma, serão postos em disposição subsistemas elétricos, quer dizer, grupos de geradores elétricos que serão isolados do sistema elétrico nacional para que ofereçam serviço imediatamente que a rede o permitir, o qual constitui uma grande vantagem.