
EM momentos em que é recorrente tratar na mídia do aperfeiçoamento do sistema nacional de educação que Cuba está levando a cabo, é oportuno dedicar umas linhas ao Instituto Central das Ciências Pedagógicas (ICCP), não apenas por sua contribuição para o melhoramento da atividade docente, mas também pela proximidade do 40º aniversário de sua criação.
Desde sua fundação, em 30 de novembro de 1976, o ICCP formou 4.681 docentes de 13 países da América Latina e o Caribe, fundamentalmente, com o grau científico de mestre. O total de doutores formados nesta instituição eleva-se a 632.
Estes não são os únicos resultados que avaliam o alto prestígio alcançado por este centro, pois mais de 58 mil professores da região se graduaram nos cursos e diplomados oferecidos pela instituição.
Fora das fronteiras os pesquisadores deste centro colocaram em prática projetos que se desenvolvem em zonas desfavorecidas, encaminhados ao melhoramento da qualidade educativa com um importante papel da família e da comunidade.
Uma das vias principais para promover e divulgar os principais resultados do ICCP são os eventos científicos, oficinas, colóquios e congressos, que servem como plataforma para promover as experiências dos docentes, tanto cubanos como de outros países.
O PROFESSOR E A ESCOLA QUE SE PRECISAM
Nestas quatro décadas o ICCP encaminhou suas pesquisas para dar resposta às necessidades e demandas do Ministério de Educação, pelo que em cada momento se leva em conta o papel do professor.
«O instituto tem o desafio de preparar o docente não para que fique calado, mas para que saiba contar com os recursos para procurar a informação, que conte com os conhecimentos necessários e que seja um contínuo estudioso das maneiras em que possa levar o processo de ensino-aprendizagem em função das mudanças e das demandas sociais de hoje», refere a diretora-geral do centro, doutora Silvia Navarro Quintero.
Atualmente no Instituto Central das Ciências Pedagógicas estão representados todos os níveis educativos, desde primeira infância e educação especial até educação de jovens e adultos, o que obriga aos seus pesquisadores a se manterem em contato permanente com o professor, a família, a escola e a comunidade.
«O principal valor dos resultados investigativos do instituto» — assegura sua diretora-geral — «está centrado naquele pesquisador que trabalha em parceria com o docente a partir do encargo e da necessidade explicitada pelo Ministério da Educação».
«O ICCP tem um grande desafio: em primeiro lugar a elevação do nível profissional dos pesquisadores e, também, continuar contribuindo para que a escola realmente responda às necessidades das crianças, dos adolescentes e suas famílias. Uma escola que ocupe o lugar que lhe cabe, que dê solução às questões, que esteja à altura das Tecnologias da Informação e as Comunicações».
NA CIÊNCIA ESTÁ A RESPOSTA
Além do merecido festejo por estes anos de trabalho, é válido salientar o alto potencial dos trabalhadores deste centro, que conduzem as linhas de pesquisa e dão solução, pela via científica, às problemáticas do Ministério da Educação.
O ICCP conta com um Conselho Científico e um Tribunal Permanente, o qual foi o primeiro constituído, em Cuba, na área das Ciências Pedagógicas e graças a sua contribuição se formaram doutores em ciências e bancadas similares em outras províncias e instituições do país.
Quando lhe perguntam os motivos para festejar, a doutora Navarro Quintero é enfática:
«Estamos comemorando 40 anos de ciência a serviço da educação e da Revolução Cubana. Constituímos uma instituição que dá saída às necessidades e transformações do sistema de ensino e onde continuamos trabalhando em função da resposta educativa que hoje nossas crianças, adolescentes, jovens e nossa sociedade necessitam encontrar. A melhor e única via, na minha opinião, é a via da ciência».