
PARA reafirmar a amizade entre os povos de Cuba e o Haiti, vinte jovens haitianos se reuniram para formar a Brigada de Solidariedade e Trabalho Voluntário Anténor Firmin, na quarta ocasião que visita Cuba, e desenvolveram um amplo plano de atividades, de 4 a 11 de janeiro de 2017.
Acolhidos no acampamento internacional Julio Antonio Mella, localizado no município de Caimito, província de Artemisa, os também estudantes do Centro de Estudos Diplomáticos de Porto Príncipe, a capital haitiana, participaram de jornadas produtivas na agricultura, receberam palestras acerca da construção do socialismo em Cuba, visitaram museus e dialogaram com os líderes das organizações de jovens e comunitárias da Ilha.
A brigada solidária recebe o nome de Antenor Firmin (1850-1911), em honra do patriota haitiano, antropologista, jornalista e político, que manteve relações de amizade com o Herói Nacional cubano José Martí e combateu o preconceito racial e as desigualdades sociais.
Em declarações à mídia nacional, a coordenadora do grupo, Rosana Guercy, asseverou sentir seu coração enchido de prazer, por participar da brigada em três ocasiões anteriores e qualificou o povo e o governo de Cuba como grandes amigos do Haiti.
Acrescentou que à noite, após concluírem as atividades do dia, os membros da brigada se reúnem para debater acerca do acontecido durante o dia, percebendo-se maior aprendizagem em cada um deles. Reco-nhecem a grande sabedoria dos professores cubanos que lhes ministraram as palestras.
«Cuba é um país irmão — assinala Rosana Guercy — e se demonstra através da acolhida em suas universidades de jovens haitianos, com a ajuda médica enviada para auxiliar as vítimas do terremoto ocorrido em 2010, o enfrentamento à grave epidemia da cólera e por ter socorrido, recentemente, os danificados pelo furacão Matthew.».
Ela faz votos para que as relações bilaterais entre os dois governos se mantenham e fortaleçam. Ambos os povos têm uma história comum na luta pela soberania nacional e contra a colonização imperial e expressa: «Estas brigadas solidárias confirmam que as duas nações continuarão trabalhando unidas».
Sua colega de grupo, Guervil Ludmelove, 20 anos, confessou ao semanário Granma Internacional que de-seja voltar a Cuba, porque a experiência na brigada lhe transmite muito otimismo, já que deseja voltar com outros amigos e familiares. Anteriormente, ela leu alguns documentos do líder da Revolução, Fidel Castro e aspira continuar esse legado, válido para os países latino-americanos e do mundo.
Destaca sua emoção por ter participado no desfile militar e a marcha do povo combatente, realizada em 2 de janeiro, pela comemoração do 60º aniversário do heróico levante em Santiago de Cuba e do desembarque dos expedicionários do iate Granma, Dia das Forças Armadas Revolucionárias, em homenagem ao Comandante-em-chefe da Revolução Cubana Fidel Castro e à juventude.
Guervil Ludmelove elogia a contribuição desinteressada de Cuba com outros povos do mundo, incluindo os haitianos, porque com esse tipo de ajuda se beneficiam milhões de pessoas. Deseja, igualmente, que muitos turistas visitem a Ilha maior do Caribe, para conhecerem a realidade de um país tranquilo, seguro e com qualidade de vida.
Outro jovem, Elmorin Jamerson, 21 anos, conheceu médicos cubanos em Porto Príncipe, a cidade onde mora. Um dia ficou doente com febre e sua família o levou para um hospital, no qual trabalhavam profissionais da Ilha maior das Antilhas e nunca mais pôde esquecer o trato afável recebido.
A partir desse momento, entrou em contato com outros cubanos, os quais lhe falaram de uma sociedade com educação e serviços de saúde gratuitos; por isso, motivou-se integrar a brigada Antenor Firmin, para verificar a verdade. Hoje, fica convencido que seu país precisa de uma mudança e ele está disposto a incentivá-la. (N.B.L.)