
CUBA tem três instituições de nível superior que possuem a categoria de excelência: a Universidade de Havana (UH), a Universidade Central de Las Villas Marta Abreu (UCV) e, recentemente, a Universidade Tecnológica José Antonio Echeverría (Cujae).
O estímulo e o incentivo para submeter-se a estas avaliações regulares tem a ver não só com o prestígio da academia e o esforço de professores e alunos, mas com o rigor que trabalha a Junta de Aceitação Nacional (JAN), entidade fundada em 2000 e responsável por avaliar tanto as Universidades quanto seus programas de estudo.
A JAN é composta por um presidente, um secretário executivo e a secretaria executiva, integrada por nove pessoas. Conta, ainda, com um comitê técnico para os mestrados, um para as carreiras e um para os doutoramentos, dirigidos pelos respectivos representantes.
Existe, também, o pessoal da JAN, cujos membros são escolhidos em cada quatro anos, com um total de 48 pessoas. O pessoal se reúne duas vezes no ano e vota abertamente por qualquer categoria. Depois de ser dada a avaliação a um programa ou instituição, esse resultado não pode ser variado.
Devido à alta responsabilidade que estes têm, os membros da JAN devem ser especalistas de testado reconhecimento profissional e acadêmico; por isso se exige possuir o grau científico de doutor e ter a categoria docente de professor auxiliar ou titular.
No caso dos médicos, devem ser especialistas de segundo grau e personalidades de prestígio em suas áreas de pesquisa.
Só os membros da secretaria executiva são designados. O resto dos integrantes da JAN são propostos pelas suas universidades ou pelas entidades nas quais oferecem serviços.
AVALIAR A PARTIR DE ZERO
A avaliação dos mestrados começou na Ilha em 1999 e em 2013 surgiu um sistema para as especialidades de pós-graduação, mas não é até 2015 quando foram criados os mecanismos para avaliar instituições do ensino superior, programas de mestrado, doutoramentos, carreiras universitárias e especialidades de pós-graduação.

Para assegurar a qualidade destes processos de avaliação foi criado o Sistema Universitário de Programas de Aceitação, recurso que teoricamente descreve tudo o que é preciso avaliar. A junta de Aceitação Nacional é precisamente a entidade que aplica as avaliações e executa o que está estabelecido.
«Nós pretendemos que em 2018, tenhamos um novo sistema, aperfeiçoado a partir da experiência cubana», declarou a secretária-executiva da JAN, doutora Márcia Noda Hernández.
Relativamente ao propósito dos modelos para medir a qualidade educativa nas universidades, a entrevistada explica: «Estruturamos a qualidade da educação superior cubana a partir de que sejamos capazes de formar um profissional que tenha valores, que seja competente e que também tenha condições altruístas em seu desempenho».
EXCELENTES DURANTE SETE ANOS
Se bem o denominador comum para programas e instituições é a exigência, as categorias que recebem, após terem sido examinados, não são iguais, pois os primeiros são acreditados como avalizado, certificado e de excelência, no entanto as segundas são qualificadas de certificadas e de excelência.
A esse respeito, Noda Hernandez ofereceu detalhes, assegurando: «Em todos os sistemas se começa a partir da categoria autorizada. Essa é a que têm todas nossas instituições e programas quando são criados. A categoria de excelência é por sete anos; a de certificada, cinco e a de qualificada, quatro».
A seguir, a funcionária precisa ao semanário Granma Internacional: «Antes de se completar este tempo a solicitação deve se enviada à JAN para ser realizada a avaliação externa e aplicada uma reavaliação».
O DIA DA PROVA
Os exercícios de credenciamento acarretam uma dedicação maior para aqueles que vão ser examinados. Não se pode avaliar uma instituição se não atinge 60% de seus programas com as categorias superiores.
Durante as valorizações são considerados os critérios de organismos, contratantes, estudantes, professores e se realizam testes e controles às aulas.
«Quando uma instituição mantém a categoria que tinha e não consegue a imediata superior — explica a especialista — deve ter mostrado melhoras para mantê-la, caso não ser assim poderia recuar».
«Um programa pode solicitar a avaliação de um organismo internacional e nos satisfaz que os programas que nós temos dado categoria de excelência tenham conseguido prêmios internacionais», enfatiza Noda Hernández.
VOLTANDO AO PRINCÍPIO
As instituições das que falamos ao início (UH, UCV, Cujae) não debalde hoje exibem tão distinto reconhecimento. Estas universidades foram certificadas e trabalharam com a intencionalidade de conseguir o nível superior, de forma a melhorar a categoria dos seus programas.
Porém, o que significa para uma instituição a excelência? «Que a maioria de seus programas (mais de 60%) detenha categoria de excelência. Que mais de 30% de seu claustro sejam doutores e que mais de 40% sejam professores auxiliares ou titulares. Também significa que goza de um prestígio em Cuba e no mundo. Outro aspecto tem a ver com a visibilidade dos seus projetos e publicações que assim o credenciam», responde a secretária executiva da JAN.
«Não quer dizer com a excelência que tudo esteja perfeito, mas em todos os parâmetros da abordagem integral pode cumprir altos padrões e por isso lhe é dada a categoria de excelência.
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A Cujae? Excelente
Em 15 de fevereiro passado a Universidade Tecnológica de Havana José Antonio Echeverría — a Cujae, como é conhecida por todos — obteve a categoria de excelência, conferida pela Junta de Aceitação Nacional.
Na cerimônia realizada para receber o reconhecimento a reitora da Cujae, doutora Alicia Alonso Becerra, destacou o sentido de pertença demonstrado por estudantes e professores, durante a avaliação institucional.
Igualmente, sublinhou a qualidade do coletivo de trabalho, bem como os prêmios obtidos e o envolvimento dos alunos em tarefas de impacto social. (Com informação tomada do site da instituição)