ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA

MAIS de 200 sindicalistas, ativistas políticos, jovens, líderes de movimentos sociais e de outros setores, vindos de 26 países, conformam a 12ª Brigada Internacional 1º de Maio, que de 24 de abril a 8 de maio visitam Cuba, com o propósito de participar do desfile da Praça da Revolução de Havana, pelo Dia Internacional dos Trabalhadores.

Alojados no Acampamento Julio Antonio Mella, situado no município Caimito, na província de Artemisa, os elementos da brigada dedicam sua participação no contingente ao Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz depois do seu falecimento (25 de novembro de 2016) e ao 50º aniversário do hediondo assassinato do Guerrilheiro Heroico Ernesto Che Guevara, na Bolívia.

Igualmente, vão cumprir um programa de atividades para co-nhecer a sociedade cubana atual, visitar locais de interesse histórico e social, contribuir com horas de trabalho voluntário na agricultura, percorrer as províncias ocidentais e centrais (Artemisa, Havana, Villa Clara, Cienfuegos e Matanzas) e participar do Encontro Internacional de Solidariedade, no dia 2 de maio, no Palácio das Convenções.

O Herói da República de Cuba, Fernando González Llort, presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), ao dar-lhes as boas-vindas os exortou a unir esforços no sentido de enfrentar a arremetida neoliberal contra os povos latino-americanos, principalmente a Venezuela e insistiu em continuar no caminho da unidade, para que o movimento de solidariedade se faça sentir com muita mais força.

O Granma Internacional conversou com vários membros do grupo. O chileno Francisco Collado Cabrera, mora na região de Atacama, participa pela primeira vez da passeata em Cuba e assegura que verá uma grande festa dos trabalhadores apoiando a Revolução e a seus líderes. Resolveu vir depois de ter colaborado, em 2016, com uma brigada médica cubana (do contingente Henry Reeve, especializado em situações de desastres e graves epidemias) que ajudou as vítimas ocasionadas por um desabamento de terra.

Membros da 12ª Brigada Internacional 1º de Maio, no Acampamento Julio Antonio Mella, situado no município Caimito, na província de Artemisa. Photo: (cortesía ICAP), Karoly Emerson

«Meu sonho era visitar Cuba e me encontrar com os principais líderes da Revolução. Penso que vou cumprir meu sonho quando em 1º de Maio esteja na tribuna, lá na Praça. Estarei perto de Raúl Castro e será um dia muito empolgante».

De Seul, capital da Coreia do Sul, chegaram Dai Ahn, aposentado de uma empresa comercial; Jonis Galang, professor, e o líder sindical Lee Jeong Tae. Todos expressaram que assistirão ao desfile da capital cubana com um clamor a favor da paz no mundo e contra as agressões bélicas.

Entretanto, os africanos Chanda Nsofu e Kaboba Mukhuzo, da Zâmbia, desejam demonstrar seu afeto à Revolução para reco-nhecer toda a solidariedade cubana dada aos povos do Continente Negro. Indicaram que para eles e seus compatriotas, Cuba é um país irmão e os nomes de Fidel Castro e Ernesto Guevara representam os ideais a conquistar.

De sua parte, a suíça Verônica Herzig expressa que já participou em cinco brigadas, duas delas em 1º de Maio. Desta vez se envolveu após conhecer a convocatória e ver no programa de atividades várias homenagens a Fidel e a Che Guevara, figuras históricas que a comovem profundamente e a inspiram a se integrar a diversas organizações sociais.

Verônica, também afiliada à Associação de Amizade Suíça-Cuba argui: «O desfile do primeiro dia do quinto mês em Cuba é um evento muito empolgante, ali estamos todos apoiando-nos uns aos outros. Mostramos a unidade de nossas forças a favor de um mundo melhor. Daqui a poucos dias, espero ver milhões de pessoas pedindo que sejam respeitados os direitos de todos os trabalhadores. Verei o rosto de Fidel Castro e de Che Guevara em cada cubano».

Na brigada há uma delegação nutrida dos Estados Unidos, que pela primeira vez assiste às celebrações de 1º de Maio. Um deles, Louis Wolf, jornalista aposentado, visitou Cuba em 1978 e posteriormente em mais nove ocasiões. Como membro de uma delegação de 90 pessoas conheceu Fidel Castro e desse momento guarda a grata recordação de ter visto um presidente dedicar seu tempo para dar um aperto de mãos a cada um deles, entabular breves diálogos e se fotografar.

Ele pertence à organização National Network on Cuba, para exigir o fim das atividades subversivas contra a Ilha maior das Antilhas e a eliminação do genocida bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos.

Um pedido semelhante é feito, nos dia 17 de cada mês, em Kiev, Ucrânia, enfrente da embaixada norte-americana. Assim conta Viacheslav Karpenko, integrante da agrupação Stop Bloqueio. Destacou que vários jovens distribuem materiais divulgativos às pessoas que vão pedir vistos de viagens. Neles se explica que os Estados Unidos descumprem os mandatos da ONU porque desde 1992 se vota na Assembleia Geral a favor de levantar a política de ingerência contra Cuba. Ao mesmo tempo, entregam o texto da Resolução intitulada ‘Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América’, votada a favor, em 2016, por 191 países.

Seus colegas do grupo Aleksandr Ticachenko, Anatoli Leivin, Stanislav Retynsky, Aleksandr Leivin e Nadia Nazarova, também contam anedotas dessa iniciativa e asseguram que continuarão fazendo-a, sob a chuva, as baixas temperaturas ou o sol radiante até conseguirem que conclua, de vez e para sempre, essa política cruel e desumana.