
ATÉ o município de Batabanó, na província de Mayabeque, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez chegou na quinta-feira, 11 de outubro, de manhã para avaliar os efeitos causados pela passagem do furacão Michael, visita que, em sua opinião, também foi oportuna para analisar a solução de problemas antigos do território.
O passeio começou no terminal portuário, que é de capital importância para a economia, que precisa de investimentos para melhorar sua operação e com ele os indicadores de carga e descarga de mercadorias. Díaz-Canel considerou pertinente avaliar as experiências postas em prática nos portos de Santiago de Cuba e Mariel, que podem ser úteis para Batabanó.
Na saída da doca, o presidente mostrou interesse nas condições do terminal de passageiros, perguntou a várias pessoas ali presentes sobre os horários de partida dos navios com destino à Ilha da Juventude e as atenções dadas a eles no local. Anteriormente, e em uma troca com as autoridades do território, o presidente havia comentado as possibilidades de melhorar o ambiente do terminal, com um design mais bonito, funcional e sustentável.
Em uma das ruas do conselho popular de Surgidero de Batabanó, ainda afetado pelas enchentes causadas pelo evento meteorológico, Díaz-Canel conversou com os moradores que se reuniram ali ao conhecer da sua presença, acerca dos problemas de drenagem do território, o que provoca que, diante de qualquer eventualidade climatológica, a água se acumula e leva vários dias para baixar seu nível; da necessidade da população entender que não se podem construir casas perto da costa; e dos planos para mudar a imagem do município.
Lá, uma senhora que recebeu um subsídio para construir sua casa disse ao presidente sobre as vicissitudes para poder adquirir os materiais de construção porque, segundo ela, são monopolizados pelos revendedores. Imediatamente Diaz-Canel indicou responder à queixa porque não pode ser permitido, disse ele, «que as ações que o Estado realiza em benefício dos mais necessitados acabam favorecendo algumas pessoas sem escrúpulos».
A visita continuou na Empresa de Pesca Industrial Camilo Cienfuegos, onde conversou com vários pescadores que prontificavam seus barcos para sair ao mar, depois de vários dias sem poder fazê-lo devido às condições climáticas. Também visitou as instalações da indústria de processamento de espécies marinhas.
O itinerário do presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros também incluiu a empresa de mobília Signo, onde, além de visitar suas oficinas e saudar os trabalhadores, teve uma reunião com autoridades do Partido e do governo da província de Mayabeque e do município de Batabanó, onde também estiveram presentes o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, Salvador Valdés Mesa, vários ministros e vice-ministros.
A primeira secretária do Partido na província, Yanina de la Nuez Aclich, informou sobre o trabalho que foi feito no território para enfrentar com sucesso a situação meteorológica causada pelo furacão Michael. Ele especificou que o cenário mais complicado ocorreu em Batabanó devido à penetração do mar. Na província, disse ele, 113 pessoas foram evacuadas, quase todas em casas de famílias e três colapsos de casas foram registrados até o momento.
Em particular, avaliou-se a situação em que os moradores de Surgidero de Batabanó vivem devido às frequentes penetrações do mar, causadas não apenas por eventos de grande porte como furacões.
O presidente cubano descreveu como imediata e decisiva a resposta que deveria ser dada à questão da drenagem no município, porque «temos que nos colocar no lugar dos colonos e enfrentar o problema com sensibilidade».
Díaz-Canel pediu para usar novas tecnologias para melhorar as estradas do município, como o adocreto, material econômico, de alta resistência e rápida instalação; melhorar os serviços oferecidos; fazer tudo com bom gosto; e, fundamentalmente, envolver os moradores no esforço de melhorar o ambiente em que moram.







