
DIGNA homenagem ao Apóstolo, mostra de maturidade patriótica, realização de elevado sentido de dever tornou-se o dia 24 de fevereiro para todo o povo da Ilha. Milhões de cubanos foram às urnas, no que pode ser descrito como um exercício de democracia suprema.
VOTEI NO SIM, PELO FUTURO DA MINHA PÁTRIA
Limpeza, bom tratamento, qualidade nas ofertas e bom serviço ao cliente são qualidades que distinguem o café Los Angeles na rua República, uma das mais movimentadas ruas da cidade de Ciego de Avila. No domingo, sua dona, Edelsa Morales Pérez, 72 anos, interrompeu o descanso da manhã para votar na nova Constituição.
«Votei no Sim pelo futuro da minha Pátria, pela continuidade das ideias que Fidel incutiu em nós e porque a nova Constituição é um verdadeiro reflexo dos tempos em que vivemos; tempos de unidade e defesa do trabalho iniciado em 1º de janeiro de 1959 e que está a caminho de um socialismo próspero e sustentável», expressou.
Edelsa disse, além disso, que graças à Revolução pode gozar de soberania, igualdade dos cidadãos, conquistas sociais e, ao mesmo tempo, manter seu negócio. «Porque não é só a minha Constituição; é das mulheres, crianças, adolescentes, idosos, jovens; É de todos. É o Sim por minha Cuba digna», afirmou.
COMBATENTES DA BRIGADA DA FRONTEIRA EXERCERAM O DIREITO DE VOTAR
«Ter votado no referendo e ratificado o Sim pela Constituição é um orgulho multiplicado: pela transcendência deste momento para o povo, especialmente para os jovens; para o presente e o futuro da Pátria, a Revolução e o socialismo em Cuba».
Estas palavras foram expressas pelo tenente Diosnelvis Matos Rodriguez, momentos depois de exercer seu direito de votar no colégio número dois, na circunscrição especial 32a, na Brigada da Fronteira, Ordem Antonio Maceo.
«Este referendo constitui uma nova demonstração ao mundo de que o povo cubano ainda continua unido aos seus líderes, cerrando fileiras no interesse de fazer com que avance a Revolução», significou a combatente Laura María Pérez Cuervo, que está servindo na Brigada da Fronteira em seu período de Serviço Militar Feminino.
«A Constituição que acabo de referendar constitui uma nova manifestação de que em Cuba nenhuma decisão importante é tomada sem levar em conta a opinião popular», disse o soldado José Luis Salmon Soriano.
As circunscrições especiais da Brigada da Fronteira juntou seis colégios eleitorais, que, juntamente com os combatentes das Forças Armadas Revolucionárias que compõem esta unidade exemplar, também votaram as forças do Ministério do Interior pertencentes às tropas da Guarda da Fronteira, do município de Caimanera.
OPORTUNIDADE DE SEGUIR CÉSPEDES, MARTÍ E FIDEL
Ernesto Ramón de la Cruz Fernández apressou-se a exercer o direito de voto. Sabia que fazia parte do grupo de jovens de Holguin que, pela primeira vez, cumpria esse exercício cívico. As impressões sobre sua atitude no domingo histórico foram eloquentes e sinceras.
«Orgulhoso? Claro. Consegui cumprir o dever de dar meu apoio a uma Constituição que inclui pressupostos que oferecem soluções aos problemas atuais em Cuba».
«Eu tomo esse fato com grande senso do dever, com amor por minha Pátria. Tenho, como os jovens da minha idade, o privilégio de viver em uma Revolução de todos e pelo bem de todos. Acredito que o processo de reforma constitucional que culmina com este referendo é uma oportunidade para que minha geração continue o sonho iniciado por Céspedes, continuado por José Martí e alcançado por Fidel».
«Não cheguei a este momento mecanicamente. Eu sinto que fomos levados em conta na redação final desta Carta Magna. Isso diz que foi um debate real».
A REVOLUÇÃO É MINHA VIDA
«Imagine, eu lutei pelo meu povo de muito jovem e não vou ficar ocioso neste momento, só porque as minhas pernas e olhos já não me acompanham».
Aos 93 anos, Arcadio Almenares, eletricista de profissão, votou no domingo em sua casa. A cédula foi guardada por um representante da mesa eleitoral da circunscrição 18a, no município capital de Matanzas, e a pioneira Estefany de la Caridad Martinez, aluna da quarta série na escola primária José Julián Marti Pérez.
«Esta Constituição tem um sinal criativo, verdadeiro e real, consequentemente com a nossa realidade, que leva em conta os idosos como eu e cuida da felicidade dos nossos filhos. Foi preciso um amplo processo de consulta popular e será benéfico para todos, e para a Revolução, que é a minha vida», asseverou o nonagenário.
SWING COMPLETO PELA CONSTITUIÇÃO
Eles me garantiram que chegariam cedo ao colégio e foi assim. Pai e filho, «o senhor beisebolista» e um dos melhores arremessadores da equipe de Pinar del Rio, hoje, Luis Giraldo e Erlis Casanova, foram dos primeiros em votar pela nova Constituição de 24 de fevereiro.
«A nova Constituição envolve várias alterações, porque tem que ser atualizada», diz o pai, «o capitão», como ainda é chamado pelos moradores de Pinar del Rio, apesar de que há quase 30 anos se aposentou como jogador.
Considerado um dos maiores jogadores que já passou por nossos campeonatos, Luis Giraldo afirma que seus resultados esportivos teriam sido impossíveis sem a Revolução.
«Caso contrário, eu não teria tido essa oportunidade. Eu nem sequer sonhei que conseguiria tanto, mas as coisas mudaram e, aos 13 anos, tive a chance de entrar em uma escola de esportes».
Em um de seus artigos, a nova Carta Magna estabelece a responsabilidade do Estado de promover a cultura física e os esportes em todas as suas manifestações, algo que considera muito certo, como seu filho Erlis.
«Tive a oportunidade de jogar em outros países e as coisas são diferentes. O esporte é um privilégio. Há muitos jovens talentosos que nunca poderão provar isso, porque simplesmente não têm recursos para isso. Aqui nós temos um grande passo em frente, o esporte é baseado em massa e como o Comandante disse, é um direito do povo», salientou o jovem arremessador.
ISTO É UM EXEMPLO DE VERDADEIRA DEMOCRACIA
«Duplamente histórico se torna o dia 24 de fevereiro, porque, além de enquadrar a retomada de nossas lutas pela independência organizadas por Martí 124 anos atrás, à data se soma hoje a reafirmação popular de uma Constituição que dá continuidade às mambisas e traça aos cubanos o caminho rumo à uma sociedade melhor».
Doutor em Ciências Históricas, professor e pesquisador do Centro de Estudos Sociais Cubanos e Caribenhos, da Universidade do Oriente, e autor de vários livros e artigos sobre vários temas, Israel Escalona Chádez define assim o significado do referendo.
«O documento inclui o melhor do pensamento cubano e se encaixa no
desenvolvimento histórico da nação, nas condições atuais do país e no futuro próspero e sustentável que nos traçamos em todas as áreas sócioeconômicas, daí a sua importância em nossas vidas e o imperativo de se tornar consciente de seu conteúdo. Este é um exemplo de verdadeira democracia».
VIAJAR COM A TRANQUILIDADE DE TER VOTADO
Embora tinham planejado viajar neste domingo, 24 de fevereiro, Telma Idearte Allen e sua família não perderam a oportunidade, como é habitual neles, de exercer o seu direito de voto no início da manhã.
Poucos minutos antes de embarcar no ônibus, ela e o resto dos passageiros e motoristas depositaram seu voto no referendo constitucional no Colégio Especial número 7, do Terminal Interprovincial de Camaguey.
«Aqui estamos minha mãe, 73 anos; meu irmão, 38; junto com minha neta de dois anos, dando nosso apoio à Constituição, que é o mesmo que dizer nosso apoio à Revolução e ao Socialismo», afirmou Telma.
As pessoas consultadas pelo Granma Internacional concordaram com a relevância dos colégios especiais, porque é melhor votar antes de iniciar a viagem e evitar qualquer contratempo que impeça chegar aos respectivos destinos na hora de exercer o voto.