CONHECER e utilizar mais o potencial que já existe no país para o avanço do comércio eletrônico pediu o presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez aos membros do Conselho de Ministros e representantes de agências diferentes em uma reunião realizada, em 22 de fevereiro para examinar o que já se materializou no desenvolvimento desta atividade.
«Uma vez avançada a primeira etapa da presença do governo eletrônico, com a concretização de portais institucionais públicos em todas as agências e governos territoriais» — apontou — «é agora a vez de impulsionar um segundo momento em que vamos ter maior interação das pessoas com o Governo».
Ao mesmo tempo, pediu para multiplicar os esforços para o desenvolvimento eficiente do comércio eletrônico. «Seu uso deve ser expandido no país» — disse — «porque não só permite aumentar a eficácia dos esforços que são feitos para diferentes instâncias, também contribui para evitar fenômenos de corrupção, deixando vestígios de todas as transações».
A ministra do Comércio Interior, Betsy Díaz Velázquez, referiu que oito projetos representativos do comércio de bens e serviços estão atualmente em desenvolvimento. Gradualmente, as infraestruturas foram criadas para seu bom funcionamento, com prioridade na validação da qualidade e segurança do software, bem como uma atenção permanente aos resultados dos testes-piloto realizados.
Ressaltou que ainda existem problemas de natureza subjetiva e objetiva para alcançar o progresso de tudo o projetado, no entanto, trabalha-se em conjunto com os diferentes interessados para alcançar soluções e melhorar a gestão.
Mesmo quando os primeiros passos dificilmente são tomados nessas direções e as transações realizadas não são significativas, a ministra mencionou como projetos já visíveis na rede varejista a loja das ruas 5ª e 42, onde os produtos são oferecidos às pessoas; o Shopping Superfácil, que comercializa, entre outros, conteúdos digitais cubanos e soluções de informática para seus próprios negócios; e a loja virtual de Correios de Cuba, através da qual as ordens de pagamento são enviadas eletronicamente.
Também comentou que, dedicadas a atender as necessidades de formas de gestão não-estatais, duas lojas atacadistas estão atualmente em desenvolvimento, uma para a venda de produtos alimentícios e outra para produtos industriais.
Da mesma forma se prepara o site que permitirá às empresas gerirem a comercialização de estoques ociosos e de movimento lento na economia do país, fazer reservas de alojamento em unidades do comércio interior, bem como executar vendas no varejo de bens através da loja virtual integrada à passarela de pagamento nacional e ao aplicativo Transfermóvil.
Jorge Luis Perdomo Di-Lella, ministro das Comunicações, comentou que ainda há muitas reservas no comércio eletrônico que se realiza entre as empresas, o que não só ajuda a reduzir as cadeias de inadimplência, mas contribui para detectar a corrupção.
O presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros insistiu em que devem ser validados, no menor tempo possível, os projetos que já tenham sido colocados em operação em lugares diferentes, de maneira que tenham todas as medidas de segurança requeridas.
Da mesma forma, indicou aos representantes das diferentes agências para projetarem claramente como implementarão o comércio eletrônico. Isso permitirá um maior uso de aplicativos que já existem no país, o que nos dá maior soberania, ressaltou.
Depois, Irma Martinez Castrillon, ministra-presidenta do Banco Central de Cuba, explicou sobre o desenvolvimento e uso de canais eletrônicos de pagamento e as infraestruturas que foi necessário criar para isso.
Após o objetivo de aproximar cada vez mais os serviços bancários da sociedade, no fechamento de 2018 o número de caixas eletrônicos totalizou 927, distribuídos em 70 municípios, que se pretende estender gradualmente a todo o território nacional. Ao mesmo tempo, foi feito um trabalho para consolidar os serviços de caixas multifuncionais e da Banca Móvel; a quantia de cartões magnéticos ativos aumenta; e há estabilidade na Banca Telefônica no país.
«Falta comunicação em todos os níveis nos bancos» — reconheceu — «para alcançar as pessoas com informações em termos menos técnicos e que possam ser compreendidas facilmente».
Também enfatizou nas vantagens oferecidas pelo uso de terminais de pontos de venda — popularmente conhecidos como POS — que não só diminuem o movimento de dinheiro nas lojas, mas também tornam o processo de compra mais eficiente nelas.
A ministra do Trabalho e da Previdência Social, Margarita González Fernández, chamou a atenção para a necessidade de criar as condições para incluir todos os pensionistas no pagamento por cartão magnético. «Além de eliminar a papelada desnecessária, também facilita a cobrança dessas pessoas», disse.
Enquanto isso, o Comandante da Revolução Ramiro Valdés Menéndez, vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, salientou que na indústria dos eletrônicos devem ser criadas as condições que permitam dispor do suporte eletrônico e informático, do que se propôs pôr em prática no país nesses assuntos, o que permitirá o uso de tecnologia própria, embora seja necessário importar certos componentes.
Medardo Morales Martín, diretor-geral da empresa Xetid, explicou sobre o desenvolvimento de plataformas de computador e sistemas para o comércio eletrônico que já existem no país e abrangem diferentes áreas da sociedade. A partir delas se pretende responder de forma rápida e oportuna a vários problemas presentes na sociedade cubana, de maneira que se contribua para o bem-estar da população e aumente a eficácia e eficiência das instituições governamentais, de produção e serviço.
Como se conheceu, através destas plataformas será possível capturar, trocar e analisar dados; bem como obter informações verdadeiras, imediatas, seguras, acessíveis e transparentes sobre todos os envolvidos, que facilite a tomada de decisões oportunas e bem fundamentadas.
Em termos de comércio e pagamentos eletrônicos, uma variedade de lojas virtuais foi desenvolvida para diferentes tipos de negócios que facilitarão a aquisição e pagamento de produtos e serviços tanto entre entidades quanto entre pessoas.
«Essa concepção» — explicou — «pode contribuir para impulsionar a expansão do comércio eletrônico nas entidades estaduais e dar participação às pessoas, com os benefícios que isso representa para a qualidade de vida e a gestão comercial e fiscal dos negócios».
Outras plataformas projetadas também permitirão procedimentos e reservas, acesso a fontes de informação e entretenimento, gerenciamento de infraestruturas de equipamentos inteligentes, como caixas eletrônicos, geradores e frotas de transporte; bem como aquelas que permitirão a participação popular e, de qualquer lugar, pode ser informado um evento ou fazer uma sugestão para influenciá-lo.
Sobre este último aspecto, Díaz-Canel Bermúdez, comentou que constitui mais uma forma de interação com a população, de manter uma troca direta e conhecer com urgência qualquer fato. «Potencialidades para desenvolver o governo e o comércio eletrônico no país há suficientes» — salientou — «agora é melhor aproveitá-las».
