ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Fidel Castro proclama o caráter socialista da Revolução no funeral das vítimas do bombardeio dos aeroportos em 15 de abril. Photo: Raúl Corrales

O chamado Grupo de Lima foi novamente o protagonista do show ingerencista na segunda-feira passada, quando se reuniu para fazer um apelo à comunidade internacional para «promover a restauração da democracia na Venezuela» e exortar países como a China, a Rússia, a Turquia e, claro, Cuba, para participar desse processo de suposta democratização.
Como parte da declaração final da 12ª Cúpula de chanceleres deste grupo, realizada em Santiago do Chile, insistiu-se no impacto negativo do apoio destes países ao «regime de Nicolás Maduro» e tudo o que isso causa na região e como se isso não bastasse, pediram às organizações internacionais para avançarem no reconhecimento dos representantes designados pela suposta Assembleia Nacional da Venezuela, que, sabemos, é desprezível e não tem nada a ver com o povo.
E enquanto no Chile exigia-se a realização de «eleições livres, justas e transparentes na Venezuela» e a adoção de sanções contra o governo bolivariano, lembrava que apenas dois dias antes o secretário de Estado norte-americano também tinha expressado em território chileno sua «preocupação» pela democracia e a qualidade de vida dos venezuelanos, atacando Cuba e a Rússia, culpando-as pela migração dos venezuelanos para o Peru e a Colômbia.
A obsessão da Casa Branca contra Cuba e Venezuela parece não ter limites e atualmente está aumentando, aguardando o dia 17 de abril para anunciar de Miami o que o assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, descreveria como «passos importantes» para enfrentar «as ameaças à segurança» que esses países representam e a «crise democrática» na Nicarágua.
Estas nações – Cuba, Nicarágua e Venezuela – são países cujos processos políticos não aceitam os monroistas da administração Trump, asseverou o presidente cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez no sábado passado, durante o encerramento da Assembleia Nacional do Poder Popular. «Eles impedidos de cumprir suas promessas eleitorais de recuperação da indústria e da grandeza nacional estadunidense, afundam-se em um atoleiro de mentiras ridículas ao garantir que três nações latino-americanas, que lutam por superar o subdesenvolvimento legado, ameaçam o poderoso império».
Díaz-Canel precisou que contra a nação bolivariana utilizaram amplamente, repetindo o roteiro de assaltos criminosos empreendidos contra a Ilha maior das Antilhas nos primeiros anos da Revolução», incluindo o terrorismo de Estado e a chantagem a outra nações, para romper a unidade regional».
Também disse que não podemos subestimar a escalada dessas agressões. «Além das ameaças típicas dos mercadores da política, com a ascensão a posições decisórias de políticos enganosos, medíocres e criminosos, a perseguição financeira e o bloqueio comercial contra Cuba cresceram».
Na segunda-feira passada, o presidente cubano lembrou, através de sua conta na rede social Twitter, naquele triste 15 de abril, 58 anos atrás, em que «aeronaves dos EUA com falsas insígnias cubanas bombardearam Cuba, no prelúdio à agressão contra Girón» e «um jovem ao morrer escreveu com seu sangue Fidel».
Neste 16 de abril, nós, os cubanos, voltaremos a elevar os fuzis, com a mesma força e disposição de combate naquele dia de Pátria ou Morte, em 1961, quando Fidel entregou as armas a este povo para que defendesse a soberania e dignidade alcançadas e como disse Díaz-Canel, perante as mesmas mentiras e agressões do imperialismo, nossa resposta será: «igual coragem e fidelidade».