ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Ricardo López Hevia

Ainda com as feridas abertas do recente bombardeio e com a ameaça (mais tarde certeza) de outro ataque, o comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz proclamou, há 58 anos, o caráter socialista da Revolução.

Depois desse ato, que definiu princípios, surgiu um Giron, ou o que é o mesmo, uma vitória socialista que reafirmou o curso irreversível de um país. Desde então, Cuba continuou, em linhas contínuas, escrevendo essa história, não sem reveses, não sem erros; ciente de que essa proclamação, mais do que um roteiro, era também um desafio diário de coerência.

E consistência é ter proclamado, poucos dias atrás, um novo texto constitucional que olha para o futuro e consagra a irreversibilidade do socialismo «como uma alternativa viável», diz o general-de-exército Raúl Castro Ruz, primeiro secretário do Comitê Central do Partido, em seu discurso em 10 de abril.

Se há 58 anos definir-se socialista significava um empenho semelhante ao do Quijote hoje o contexto internacional não é menos complexo porque, segundo alertou o general-de-exército, «o atual governo dos Estados Unidos e suas ambições hegemônicas para a região, representam a ameaça mais urgente das últimas cinco décadas à paz, segurança e bem-estar na América Latina e no Caribe».

Não obstante, e volto às suas palavras, defendemos o socialismo «porque acreditamos na justiça social, num desenvolvimento equilibrado e sustentável, com uma justa distribuição de riqueza e garantias de serviços de qualidade para toda a população; praticamos a solidariedade e rejeitamos o egoísmo, não compartilhamos o que nos resta, mas até o que nos falta».

«Condenamos todas as formas de discriminação social e combatemos a criminalidade organizada, o tráfico de drogas, o terrorismo, o tráfico de seres humanos e todos os modos de escravidão; (...) Nós acreditamos na democracia do povo, (...) nós procuramos promover a prosperidade do país, e porque estamos convencidos de que um mundo melhor é possível».

Esta convicção, que é essencialmente um resumo apertado do nosso projeto social, foi reiterada na terça-feira, 16 de abril, para comemorar o aniversário da proclamação feita pelo Comandante-em-chefe no cruzamento das ruas 23 e 12, Vedado, em 16 de abril de 1961

A cerimônia foi assistida poelos membros do Comitê Central Luis Antonio Torres Iribar, primeiro-secretário do Partido em Havana, e Reynaldo Garcia Zapata, presidente da Assembleia Provincial do Poder Popular na capital; Além disso, o coronel da reserva Victor Dreke, presidente da Associação de Combatentes da Revolução Cubana em Havana, bem como representantes das organizações do Partido, do governo e de massa.

Photo: Ricardo López Hevia
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