ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA

«NÓS precisamos colocar recursos na produção e removê-los das importações, é um problema de estrutura e disponibilidade. Conseguir isto depende do trabalho feito a partir da base, e nisso os economistas têm um papel fundamental», disse Alejandro Gil, ministro da Economia e Planejamento, na conferência com a que foi inaugurada o 8º Congresso da Associação Nacional de Economistas e Contadores de Cuba (ANEC).

Gil asseverou que muitos bens poderiam ser produzidos. «A economia se acomodou à importação e estamos pagando o preço. O exemplo mais óbvio hoje vemo-lo nos alimentos. O que temos de alcançar é o de consolidar a produção doméstica».

No cenário atual, acrescentou, «é preciso deixar de aplicar conceitos tradicionais. As importações causam dois fenômenos: em primeiro lugar, nenhuma indústria está em desenvolvimento; e, segundo, há endividamento, além das possibilidades da economia para apoiá-las».

Para conseguir reverter essa realidade, Gil explicou que é essencial atingir encadeamentos produtivos de qualidade, uma melhor governança corporativa, um desenvolvimento real local e, acima de tudo, olhar para os lados, recomendou.

«Aproveitar os recursos naturais, disse, permitirá dar uma olhada favorável à produção doméstica e ver a importação como último passo. Alterar este caminho não é impossível».

«Aqueles que estamos no setor, devemos entender que estamos na primeira frente de batalha para tornar a economia deste país próspera e sustentável. Deve mudar a mentalidade, que é o caminho a percorrer para tornar a economia nacional, além de resistir, seja capaz de desenvolver o país», concluiu o ministro.

— As importações de alimentos custam à economia cubana mais de US$2 bilhões por ano.

— Assumiram-se alternativas para resgatar as usinas de biofertilizantes e biopraguicidas, aumentar a produção de rações a partir das plantas proteicas e realizar vários projetos de investimento estrangeiro para a produção de carne de frango e de porco no país.

— Os resultados em culturas como arroz e feijão permitiram a substituição de boa parte das importações.

— Recentemente foi realizada a Primeira Oficina A produção de alimentos com mais ciência, a cujo encerramento assistiu Díaz Canel e onde o presidente rejeitou a mentalidade de importação «que acomoda e retarda a iniciativa e a criatividade.