
«CUBA amanhece em homenagem. Hoje completa 93 anos o herdeiro do legado de José Martí, o líder invicto que sobreviveu a mais de 600 atentados e enfrentou sem concessões 11 administrações do império. Fidel vive porque suas ideias vivem», disse ontem, em uma mensagem emocional, em sua conta no Twitter, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, presidente dos Conselhos de Estado e Ministros.
Em um tweet posterior, o presidente cubano disse que «1,8 milhão de pessoas de Cuba e do resto do mundo foram espontaneamente para a pedra que guarda suas cinzas no cemitério Santa Ifigênia em um ato de fé, homenagem e compromisso».
Em Santiago de Cuba, centenas de visitantes chegaram à rocha do monumento que abriga suas cinzas, no cemitério patrimonial Santa Ifigênia. Dos Estados Unidos, o contingente da Brigada Venceremos chegou ao local memorável, segurando em suas mãos rosas brancas e vermelhas para homenagear o ilustre revolucionário.
Entre as homenagens concedidas a Fidel, no Memorial José Martí foi inaugurada a exposição Em Busca de Interseções, do artista Ernesto Rancaño, com a presença de Salvador Valdés Mesa, primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros. Por sua parte, Esteban Lazo Hernández, presidente da Assembleia Nacional, visitou a Granjita Siboney, em Santiago de Cuba.
HONRA EM BIRAN
Os jovens também compareceram ao Sítio Histórico de Birán para celebrar o 93º aniversário de Fidel.
Desinibidos chegaram na segunda-feira e como bons guerrilheiros ocuparam um espaço com o propósito de acampar e ter lá um intenso dia de ações planejadas para honrar a memória do histórico líder da Revolução Cubana, traduzido em encontros com historiadores, concertos no meio da noite, conversas prolongadas e a luz de um fogo que indicaria a hora da nomeação sob as árvores perto da casa onde o eterno rebelde nasceu.
Enorme foi a carga das emoções e compromissos com o guia dos povos, o pai, o amigo que não deixa de lhes estender a mão, tal como expressou Yanelis Rodríguez Paneque, líder máximo da União dos Jovens Comunistas em Holguin, que também afirmou que a presente geração cubana preservará o legado do eterno Comandante.
No final do evento, uma parte dos participantes percorreu prédios nos quais viveram Fidel e Raúl quando crianças, enquanto outro grupo foi ao Centro Escolar da Comunidade de Birán, para celebrar o aniversário coletivo que acontece lá todo dia 13 de agosto.
Com imensa alegria, muitos dos jovens chegaram até o El Macusón, festa que se realizou a oito quilômetros da terra de Fidel, no conselho popular de Guamuta. Nesta área do Plano Turquino o aniversário foi lembrado com a reabertura de obras sociais, depois de investir nelas cerca de dois milhões de pesos.
CANTATA DE FIDEL EM HAVANA
A Academia Nacional de Canto, Mariana de Gonicht estrelou uma cantata intitulada ‘Fidel é Cuba’, na Sala dos Espelhos do Museu da Revolução. Um programa composto por mais de dez temas antológicos abalou o público a partir do qual, depois de aplaudir os jovens cantores, foram ouvidas frases de apoio ao Comandante-em-chefe Fidel Castro e expressões como «Eu sou Fidel».
As vozes dos solistas Dayris Álvarez e Yessenia Franco nas respectivas música Seu nome é povo (de Eduardo Ramos) e O grande dia de janeiro (de Juan Almeida Bosque) abriram o concerto, um sentido tributo de homenagem ao guia do povo cubano. Com emoção visível o público desfrutou de uma performance que também destacou a interpretação de Não chores por mim, Argentina; as Chaves Martianas, Cavalgando com Fidel, Saber-se Cubano, A Muralha, La Lupe, Nós somos o mundo, Brinde, La traviata e A Vitória.