ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Embora as investigações ainda estejam em andamento, os envolvidos nos eventos contra a figura de nosso Herói Nacional serão julgados de acordo com nossas leis. Foto: Reproduzida do vídeo Foto: Granma
Embora as investigações ainda estejam em andamento, os envolvidos nos eventos contra a figura de nosso Herói Nacional serão julgados de acordo com nossas leis. Foto: Reproduzida do vídeo

Uma informação ampliada ofereceu na terça-feira, 21 de janeiro, o Noticiário Nacional da Televisão Cubana (NTV) sobre os sujeitos presos por profanação de bustos de nosso Herói Nacional José Martí, em 1º de janeiro, em Havana.

Para qualquer revolucionário, é claro que quem toca em José Martí toca na alma do povo de Cuba, portanto, esses fatos geraram tanta indignação no povo.

O vídeo demonstrou claramente as verdadeiras intenções do ultraje e quem foram os vândalos envolvidos, quem pagou por essas ações, seus rostos e seus nomes.

A audiência nacional de televisão observou imagens das câmeras de proteção de vídeo na Avenida Boyeros, em Havana, que mostraram dois cidadãos com atitudes suspeitas no início da manhã do dia 1º de janeiro de 2020.

Eles foram os autores de um fato informado em tempo hábil pelas autoridades e que chocou o povo de Cuba.

Enquanto eram celebradas no país as festas pelo advento do ano novo e pelo triunfo da Revolução, Panter Rodríguez Baró e Yoel Prieto Tamayo denegriram 11 bustos de José Martí e três outdoors com conteúdo político, em escolas, instituições e locais públicos de diferentes municípios da capital.

OS VÂNDALOS RECONHECEM SEUS CRIMES

Yoel Prieto: «Eu e o colega Panter saímos para fazer o fato pelo qual eu estou preso aqui: profanar os bustos de José Martí».

Panter Rodríguez: «...eu saí para passear e encher de sangue aqueles bustos de José Martí, em vários lugares do bairro, continuei andando por Boyeros, mais ou menos como em 13 ou 15 lugares, não sei exatamente»

Yoel Prieto: «O primeiro lugar em que fizemos isso foi na escola Antonio Maceo, que fica bem perto dali onde estávamos».

Panter Rodríguez: «...às vezes eu despejava (o sangue), quase sempre eu o despejava e ele carregava a mochila, ou ele o despejava, de qualquer forma, era ele quem tirava a foto e filmava o vídeo».

DENÚNCIA DEMOLIDORA

Apesar da denúncia pública feita no momento da prisão, houve quem tentasse apresentá-la como uma encenação, referindo-se à suposta inocência dos detidos.

O espaço televisivo informou que o contrarrevolucionário Aldo Rodríguez Vaquero, do grupo de hip hop Los Aldeanos, falou em defesa de seu amigo Panter, algo reconhecido por ambos.

Rodríguez Vaquero: «Não acho que tenham encontrado nada, porque se encontrassem sangue..., no final do ano todo mundo come carne... bem, eu não sei... mas ainda assim, se acharam o sangue... O que aconteceu? Não sei, por que você não pode despejar um pouco de sangue em José Martí?

O NTV mostrou imagens de como esses dois vândalos causaram danos aos símbolos da Revolução Cubana; como prejudicam a sensibilidade daqueles que se sentem patriotas e cubanos.

A esse respeito, a tenente-coronel Milagros Cabrera Vélez apontou aspectos da diligência policial sobre esses fatos: «Do ponto de vista da identificação das pessoas por suas características externas, foram aplicados procedimentos que permitiram caracterizar as roupas e os objetos que elas tinham usado durante a prática desses atos criminosos, e as pessoas, a partir das medições feitas das imagens obtidas das câmeras de proteção de vídeo e estabelecer o modo de andar delas, que é muito específico, muito representativo...

«Na ação prática realizada nos autos, foram obtidos objetos relacionados aos elementos caracterizados nas ações criminais».

«Da mesma forma, foram achados recipientes que continham sangue animal, neste caso de suínos».

«No caso do cidadão Panter, foi realizada uma busca na garagem, onde foram ocupados objetos que continham substâncias, que nesse caso conseguiu-se provar que eram drogas, e especificamente o conteúdo das latas era de cocaína».

Mas por que documentar esses fatos de maneira cinematográfica e fotográfica? Qual era a intenção de publicar um evento de tal magnitude? Como foi possível que uma minoria com um longo histórico de atividades subversivas contra Cuba apoiasse quase imediatamente essas ações, depois de serem divulgadas nas redes sociais?

No processo de instrução, toda a verdade foi conhecida.

Yoel Prieto: «Quando ele comenta comigo e me diz que tem um trabalhinho... vamos fazer esse trabalhinho assim, dos bustos de José Marti... para ganhares um dinheiro, para que você possa se divertir no final do ano...».

Panter Rodríguez: «A pessoa que me ligou inicialmente era uma amiga minha, chamada Ana Olema».

Yoel Prieto: «Ana Olema é uma amizade de Panter, que, de acordo com Panter, é uma ativista contra o processo revolucionário, que é quem envia dinheiro para fazer esses trabalhos».

MÃOS INIMIGAS DA GUARIDA DE MIAMI

Veio a público que Ana Olema Hernández Matamoros está a serviço do governo dos Estados Unidos e da máfia anticubana com sede na Flórida. Sua participação em projetos inimigos e os vínculos com organizações terroristas e contrarrevolucionárias a identificam como uma marionete da subversão.

Basta observá-la em eventos provocativos na Ilha, nos quais tenta promover desordem e desobediência civil e não apenas isso, mas geralmente está relacionada a criminosos e sujeitos antissociais.

Um exemplo disso é Panter Rodríguez Baró, que possui vários antecedentes criminais.

O dinheiro recebido pelos autores desse crime é uma parcela mínima dos 30 milhões de dólares que o governo dos Estados Unidos alocou para subversão em Cuba, no ano passado.

O tenente-coronel Francisco Estrada explicou que, como parte da investigação, foi estabelecido que os presos receberam, em 2019, mais de mil dólares pelo pagamento dessas atividades, transferidas através da Western Union por Ana Olema e seu marido, também ligado a atividades deste tipo.

Desses, 600 dólares destinavam-se ao pagamento dos fatos denunciados, recebidos pelo próprio Panter.

As investigações também estabeleceram que Panter Rodríguez Baró e Yoel Prieto Tamayo foram os autores de outros eventos desse tipo, em fevereiro de 2019, quando foram flagrados por uma câmera na área da Universidade de Havana, onde colocaram um texto contrarrevolucionário contra a votação pela nova Constituição, indicado e pago pelas mesmas pessoas dos Estados Unidos.

Os eventos contra a figura de José Martí também envolveram os cidadãos Guillermo Mendoza Torroella, que utilizou seu celular para documentar os atos mencionados, e o primo de Panter, chamado Jorge Ernesto Pérez García. No caso deste último, sua função era estabelecer comunicação via Internet com Ana Olema e transmitir as imagens e o vídeo.

Outro cidadão chamado Leonel Fernando Cardoso Freire, um residente cubano em Miami, atua como rosto público no exterior, publicando no Facebook as ações de uma célula clandestina alegada e mal identificada na Ilha.

É assim que a manobra suja da mídia, que tenta mostrar Cuba em um ambiente convulsivo, inseguro e violento, se desacredita, porque não se trata de eventos casuais, mas ações pagas por um governo que não entende de independência e soberania.

No entanto, não existem campanhas na mídia que consigam confundir ou fazer curvar um povo culto, educado nos ideais de José Martí.

A RESPOSTA DO POVO

Com a colocação de uma oferta floral nas instalações do prédio onde fica a revista da família cubana, como é conhecida a Bohemia, e onde está localizado um dos bustos de José Martí, que foi profanado por pessoas fora do nosso projeto revolucionário, mulheres e homens ligados a organizações revolucionárias, juntamente com pioneiros e estudantes do município de Plaza de la Revolución, condenaram os atos de profanação praticados contra a imagem do Apóstolo.

Um dos jovens participantes desse ato disse que os cubanos que fazem isso (a profanação dos bustos do Apóstolo) são os que mais precisam de José Martí, são os que precisam do amor de Martí.

Outro revolucionário apontou: «É por isso que o povo de Cuba está nas ruas, é por isso que jovens, idosos, mulheres e crianças são firmes em dizer: não mexam com Martí».

A reportagem na televisão mostrou que, tal como fez a Fundação Cubano-Americana nos anos 90 — convocar para realizar atos terroristas — é assim que esses tempos são vividos, mas na era da Internet.

Embora as investigações ainda estejam em andamento, sabe-se que os envolvidos nos eventos contra a figura de nosso Herói Nacional serão julgados de acordo com nossas leis, uma vez que não há dúvida de que eles, como criminosos vulgares de nível muito baixo, tentaram embaçar a imagem de José Martí e representam instrumentos para justificar as constantes políticas agressivas do governo dos EUA contra Cuba.

Isto também serve para satisfazer alguns personagens da mídia, que vivem desse negócio lucrativo. Deve-se refletir que, se no passado, na época colonial, no século XIX, oito estudantes de medicina foram injustamente assassinados por um suposto ultraje ao túmulo de um herói espanhol, o que esses servos merecem? Para sua sorte, a Revolução Cubana é justa, respeita a vida e acredita na melhoria humana.

A história mostra que José Martí também nos ensinou isso, o mesmo Martí que nunca será maculado e que renasce em seu povo como tochas ardentes.