
Estabelecer alianças que promovam vínculos produtivos entre as diferentes empresas cubanas, implementem serviços aos cidadãos, com prioridade na gestão governamental e no comércio eletrônico; além de acelerar o desenvolvimento seguro da infraestrutura tecnológica e incentivar programas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, são ações que respondem a uma estratégia única: a implementação da política de informatização da sociedade.
Foi assim que o chefe do ministério das Comunicações, Jorge Luis Perdomo Di-Lella, considerou a necessidade de incentivar o capital humano e realizar projetos que aumentem as receitas. A esse respeito, ele se referiu às possibilidades de exportação de software cubano, com qualidade garantida, e à implantação de propostas relacionadas ao investimento estrangeiro.
«O desafio é diversificar os serviços, torná-los atraentes, estudar o que podemos oferecer no mercado internacional, tudo a partir dos recursos que temos. Dada a situação econômica do país e o agravamento do bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba, somos chamados a administrar financiamentos e buscar divisas, usando as medidas de flexibilidade da empresa estatal ou através de cadeias produtivas, pois isso não apenas contribui para a estabilidade monetária do país, mas o próprio desenvolvimento dos negócios».
Durante uma reunião de análise do Grupo Empresarial de Tecnologia da Informação e as Comunicações, o ministro pediu para acompanhar de perto o programa de governo eletrônico, porque uma vez que o estágio de presença tenha passado, «entramos em uma fase mais complexa, onde os governos provinciais e as instalações devem garantir a atualização do conteúdo do portal e motivar o cidadão a estar no centro da transformação da gestão que realiza».
Com relação à segurança cibernética, afirmou que há uma demanda por certificados digitais no país e, no entanto, uma oferta comercializável não foi consolidada pelas empresas de computadores e comunicações. O uso desses certificados pelas instituições permite aumentar os códigos de segurança e proteger a troca de informações, uma ferramenta essencial em um cenário em que os usuários cubanos estão cada vez mais conectados.
«Tal como disse o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, em várias ocasiões» — ressaltou o ministro — «devemos ser capazes de fazer melhor uso dos recursos financeiros que temos disponíveis para fortalecer o processo de informatização da sociedade.
EM NÚMEROS
No final de 2019:
7,1 milhões de cubanos estavam conectados à Internet, o que representa 63% da população do país
Mais de 143.000 casas foram conectadas à rede Nauta Hogar
Mais de seis milhões de linhas ativas suportam a rede de telefonia celular na Ilha e 70% dessas conexões foram feitas através de telefones inteligentes
Fonte: Relatório Digital Global 2020 e Etecsa