
Nas últimas 48 horas, Cuba não registrou novos casos de Covid-19. Os quatro pacientes detectados permanecem hospitalizados, evoluem satisfatoriamente e são garantidos todos os recursos para sua recuperação total; enquanto todas as ações de controle de foco necessárias para impedir a propagação da pandemia no país continuam.
As informações, oferecidas no domingo 15, em entrevista coletiva, vieram do dr. Carmelo Trujillo Machado, chefe do Departamento de Controle Internacional de Saúde, do Ministério da Saúde Pública (Minsap), que enfatizou que continua a implementação de todas as medidas estabelecidas para prevenção e confronto ao novo coronavírus e se trabalha em estreita colaboração com todos os organismos da administração central do Estado para alcançar a contenção desta doença.
Reiterou a importância de expandir as ações de promoção e educação em saúde para toda a população, além de preparar todos os setores da sociedade para prevenção, redução de riscos e medidas de proteção individual.
Em relação à vigilância nas fronteiras, apontou que «aumenta e é reforçada». Todos os pontos de entrada, disse, «são cobertos pelo pessoal de saúde, os protocolos de ação continuam sendo aplicados e o monitoramento na atenção primária e nas instituições hoteleiras também permanece ativo, o que permite a adoção oportuna de medidas de controle».
Quanto aos rumores sobre um possível surto de Covid-19 na Universidade Tecnológica de Havana, José Antonio Echeverría (Cujae), destacou que «não são verdadeiros. Os suspeitos foram testados em todos os casos, e todos foram considerados negativos».
Da mesma forma, a drª Maria Elena Soto Entenza, chefe do Departamento de Atenção Primária à Saúde do Minsap, enfatizou no aspecto da investigação ativa, ou seja, a busca ativa de casos com sintomas respiratórios, como parte do plano de controle e prevenção que inclui a vigilância e atendimento médico oportuno e de qualidade.
Acrescentou que os consultórios de médicos e enfermeiros de família e as policlínicas estão preparadas para enfrentar essa situação epidemiológica e foi desenvolvido um extenso processo de treinamento, em etapas, que abrange todos os trabalhadores do sistema.
Nos consultórios, explicou, «é feita uma busca ativa por casos com alguns sintomas respiratórios, responsáveis pela equipe básica de saúde, ou seja, a enfermeira e o médico de família». No entanto, insistiu na participação essencial da população, pois é necessário que todos com esses sintomas busquem atendimento médico.
Enfatizou a prioridade dada aos grupos mais vulneráveis, como os idosos, principalmente aqueles que vivem sozinhos ou com deficiência, além de locais onde há concentrações como, por exemplo, casas de avós, asilos, instituições sociais, maternidades, entre outros.
«Pessoas com sintomas respiratórios, ressaltou, sejam crianças ou adultos, não devem ir a centros educacionais ou de trabalho até que se recuperem».
Segundo Soto Entenza, os viajantes também são monitorados nos consultórios médicos e áreas específicas já foram criadas em policlínicas para atender pacientes com essas condições. Da mesma forma, foram criadas comissões, compostas por vários especialistas, para a avaliação clínica e epidemiológica dessas pessoas e, em seguida, determinam a conduta a ser seguida.
«Nem todas as pessoas que chegam com sintomas respiratórios são admitidas, mas é importante que elas sejam avaliadas», disse.
O médico também enfatizou a necessidade de continuar cumprindo as medidas de higiene pessoal e coletiva, lavagem das mãos, uso de protestores bucais nos casos indicados e solicitou a participação de todos da comunidade, com orientação técnica do médico de família e enfermeiro, para garantir o controle e a prevenção da pandemia.
Até 14 de março, foram registrados:
125 países com Covid-19
143.247 casos confirmados
5.408 falecidos
3.78% de casos fatais
Na China
80.973 casos confirmados
3.194 falecidos
3.94% de casos fatais
Nas Américas
22 países
Outros países mais afetados
Itália, Irã, Coreia do Sul, Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Suíça, Dinamarca e Japão.