ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA

Até a meia-noite de 25 de março, dez novos casos de Covid-19 foram identificados em Cuba, para um total de 67 pacientes diagnosticados com a doença no país, segundo informações oferecidas na entrevista coletiva diária do dr. Francisco Durán García, diretor nacional de Epidemiologia, do ministério da Saúde Pública (Minsap).

Durán também informou que, dos 64 internados no país, nas primeiras horas desta quinta-feira, e apesar dos esforços da equipe médica que o tratava, morreu o cidadão russo de 45 anos, por causa da Covid-19, que tinha sido admitido no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK), relatado em estado crítico instável, ventilado e com histórico de diabetes mellitus.

Além disso, um paciente permanece em estado crítico e outro grave.

O que está em estado crítico é um paciente cubano de 63 anos com histórico de pressão alta, diabetes mellitus e cardiopatia isquêmica, atualmente admitido no IPK, com ventilação assistida; enquanto outro paciente cubano, 38 anos, com data de chegada ao país em 13 de março da Itália, diagnosticado com pneumonia no pulmão direito. Ele é tratado no Hospital Militar de Camaguey.

Segundo o diretor nacional de Epidemiologia do Minsap, o restante dos pacientes apresenta uma evolução clínica estável. Por outro lado, ressaltou que atualmente trabalha-se em candidatos a vacina contra o novo coronavírus, que estão sob investigação de cientistas do grupo empresarial BioCubaFarma.

Indicou que os planos de tratamento já estabelecidos estão fortalecendo o uso de medicamentos produzidos na Ilha, como o interferon humano recombinante alfa 2B, e outros medicamentos que podem ser usados ​​preventivamente.

Até agora, afirma-se que nenhum cubano, sem contato com uma pessoa do exterior ou que veio do exterior, tenha sido confirmado com a doença, portanto não há transmissão interna do novo coronavírus no país.

MAIS DE 45 PAÍSES SOLICITAM O INTERFERON CONTRA A COVID-19

Levando em conta suas propriedades antivirais comprovadas, as diferentes variantes de interferons desenvolvidas no mundo continuam aparecendo na lista dos medicamentos mais utilizados nos protocolos de muitos países para enfrentar a pandemia global do Covid-19.

No caso particular do interferon humano recombinante alfa 2b, criado por cientistas do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB) na segunda metade da década de 1980 do século passado, até quinta-feira, 26, foram recebidos nessa instituição, pertencente ao grupo empresarial A BioCubaFarma solicitações de mais de 45 países em várias áreas geográficas do planeta, que o incorporaram em seus arsenais terapêuticos contra a doença perigosa, dados os resultados favoráveis ​​de seu uso observados na China, Cuba e outras nações.

Desde sua introdução, há mais de três décadas, em nosso sistema nacional de saúde, este produto demonstrou sua eficácia e segurança no tratamento de doenças virais, como hepatite B e C, herpes zoster e HIV / AIDS.

Sua escolha pelas autoridades médicas chinesas para uso contra o novo coronavírus deve-se ao fato de que esses vírus geralmente diminuem a produção natural de interferon no corpo humano e a droga cubana é capaz de suprir essa deficiência, fortalecendo o sistema imunológico dos pacientes afetados pela doença respiratória acima mencionada.