
O presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, pediu na segunda-feira, 30 de março, que se continue trabalhando incansavelmente no confronto ao Covid-19. «As medidas estão nos dando resultados, mas não podemos confiar em nós mesmos, ainda não entramos no momento mais crítico», disse, ao liderar a reunião diária de check-up sobre a situação com o novo coronavírus na Ilha e o plano para contenção.
«Se continuarmos trabalhando com essa eficiência, com esse resultado, e aumentarmos agora, com as possibilidades que temos, os testes e, portanto, as detecções e os isolamentos, podemos avançar e nos afastar das terríveis consequências que a pandemia trouxe em outros lugares do mundo», enfatizou.
Díaz-Canel considerou que o país precisa lidar «de maneira muito intencional com a implementação e o controle das medidas recentemente aprovadas, que foram informadas nas mesas-redondas emitidas pela televisão». Entre as tarefas que dão vitalidade à nação, mencionou a produção de alimentos e a colheita da cana de açúcar.
Ao avaliar o que acontece em Cuba com a Covid-19, o chefe de Estado se referiu à morte de dois cubanos: «lutou-se por suas vidas, mas, infelizmente, o estado em que eles estavam os impediu de serem salvos».
Destacou o comportamento mais disciplinado da população durante o fim de semana. «No domingo, praticamente as ruas de Havana e outras cidades do país estavam vazias, e as filas eram mais organizadas», comentou, o que mostra que quando se faz um apelo, quando tudo é explicado, quando é discutido e quando há uma lógica no que estamos fazendo, as pessoas apoiam».
O presidente da República comentou dois momentos de emoção que marcaram o fim de semana. Um foi «a recepção espontânea que foi feita no aeroporto de Madri à brigada médica que trabalhará em Andorra». O outro, «os aplausos que foram convocados ontem na televisão, às nove horas da noite, que aparentemente permanecerão nos dias de hoje, e também é um agradecimento à equipe médica e a todos os que estão trabalhando na função de enfrentar a epidemia. Isso diz sobre os sentimentos, solidariedade e apoio da população».
Durante a reunião — na qual marcaram presença o segundo secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Machado Ventura; o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz e o vice-presidente da República, Salvador Valdés Mesa — o chefe de Estado foi enfático ao se referir à importância de os médicos cubanos estarem adequadamente protegidos e aptos e que possam descansar, cuidar deles e não se sentirem sobrecarregados pela situação.
Reiterou a necessidade de a população se movimentar o mínimo possível, «e nisso é decisivo», disse, «que em meio a essa situação com a Covid-19 todos os procedimentos que não são essenciais sejam suspensos».
Como sempre, todas as tardes no Palácio da Revolução, o ministro da Saúde Pública, José Ángel Portal Miranda, atualizou o contexto com o novo coronavírus em Cuba, onde foram confirmados 170 casos desde segunda-feira, 30: 143 cubanos e 27 estrangeiros. Com exceção da Isla de la Juventud e Mayabeque, todas as províncias apresentam casos, com os números mais altos em Havana (43), Villa Clara (27) e Ciego de Ávila (14).
Entre outros dados, o ministro destacou que a medida para colocar em quarentena todos os viajantes cubanos que chegam à Ilha foi totalmente cumprida, número que já chega a 1.950, incluindo 36 crianças e 1.915 adultos. Até o momento, foram criados no país 63 centros de isolamento para esse fim, com uma capacidade de 9.284 leitos.
Portal Miranda também apontou que, no domingo, foram investigadas 6,8 milhões (6.840.170) de pessoas, das quais 1.061.495 correspondeu a idosos que, como foi demonstrado, são os mais vulneráveis a essa doença perigosa.
Na reunião de trabalho, foram reconhecidos os estudantes de medicina que estão participando das investigações realizadas pelos bairros, para determinar quem são as pessoas com sintomas respiratórios e manter uma vigilância epidemiológica sobre elas. Nas proximidades da comemoração de 4 de abril, o aniversário da União dos Jovens Comunistas e da Organização dos Pioneiros José Martí, Díaz-Canel defendeu a criação de uma celebração que, através das redes sociais e da televisão, alcance a todos os jovens e pioneiros.







