ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Na reunião foi informado que até o momento adoeceram 92 trabalhadores da Saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos, além de cinco estudantes de Medicina. Photo: Estudios Revolución

O presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, insistiu na sexta-feira, 17 de abril, que «nosso pessoal da Saúde tem que se proteger e que temos que proteger o pessoal da Saúde», perante a ameaça da Covid-19, doença que já contabiliza no mundo mais de dois milhões de casos confirmados, 923 deles em Cuba.

Ao liderar, junto ao primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, a reunião do grupo temporário de trabalho para a prevenção e o controle do novo coronavírus, o chefe de Estado sublinhou que «nós não podemos ter esse exército dizimado». E destacou o papel transcendental que desempenha na batalha que a Ilha vem travando desde começos de março.

Segundo informou o ministro da Saúde Pública, José Angel Portal Miranda, até o momento adoeceram 92 trabalhadores da Saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos, além de cinco estudantes de Medicina. A isso se acrescentam cinco colaboradores cubanos que cumprem sua missão na República Bolivariana da Venezuela.

Acerca desse tema, o primeiro-vice-ministro, Roberto Morales Ojeda, indicou que «perante cada paciente hoje, o primeiro que tem que pensar o profissional da Saúde é na Covid-19 e depois descartá-la, caso contrário não se protegem bem e por isso contraem a doença».

Ao apresentar a atualização habitual da pandemia, no caso específico de Cuba, Portal Miranda explicou que no país se mantêm abertos 26 locais onde há transmissão local da doença, em 22 municípios e 12 províncias. Os maiores números estão em Havana, com seis; Ciego de Ávila, com quatro; e Villa Clara, Sancti Spiritus e Holguín, com três cada.

De maneira particular, referiu-se ao ocorrido no lar de idosos nº 3, da cidade de Santa Clara, onde um grupo de idosos e trabalhadores foram confirmados como casos positivos.

Díaz-Canel qualificou esse evento como o de maior conotação, devido à vulnerabilidade perante o vírus dos idosos. «Agora deve ser dado o maior cuidado a cada um desses idosos, com precisão e atendimento diferenciados», indicou.

Acerca desse ponto, o governador de Villa Clara, Alberto Díaz López, explicou as decisões que foram adotadas com os idosos e os trabalhadores desse local. «Os casos confirmados», indicou, «estão internados em hospitais e os que se mantêm sadios foram transferidos para outros locais com melhores condições para o isolamento. Foram adotadas todas as medidas», assegurou, «cientes da vulnerabilidade desse evento».

Na reunião, soube-se também do trabalho desdobrado pelos conselhos de defesa provinciais de Havana, que já tem 335 casos e o de Guantánamo, com 13. As autoridades de ambos os territórios explicaram as medidas que implementam a partir do risco epidemiológico de cada local, tudo isso como parte do Plano para a Prevenção e Controle da Covid-19, aprovado pelo governo cubano.