
Quando começa uma nova semana de batalha contra a Covid-19 em Cuba, cujo primeiro dia deixou noticias alentadoras, com 20 casos confirmados e 24 altas médicas no mesmo dia, o Governo continua a análise diária da situação no território nacional, que continua sua situação favorável e exige, por isso, não descurar a vigilância nem um segundo.
Sob essa premissa, o presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermudez; e o primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, lideraram novamente, na segunda-feira, 27 de abril, no Palácio da Revolução, a reunião do grupo temporário de trabalho para a prevenção e confronto do novo coronavírus, doença que contabiliza no mundo mais de 2,8 milhões de casos; deles 1.389 na Ilha maior das Antilhas.
Ao fazer uma atualização do contexto nacional, o ministro da Saúde Pública, José Angel Portal Miranda, descreveu que 9.229 pessoas se encontram internadas para atendimento e vigilância. Delas, 2.573 são pacientes em hospitais e 973 em centros para suspeitos de menor risco. Entretanto, outros 5.509, qualificados como contatos, permanecem em lugares dedicados ao isolamento.
Um fator essencial no confronto que Cuba faz à pandemia é as pesquisas em nível de comunidades, qualificada de ativa, porque sua essência é sair procurar os casos e não esperar que cheguem aos hospitais. Dessa maneira, segundo informou o ministro da Saúde Pública, nos últimos dias, o número de pessoas pesquisadas chegou a 4,94 milhões, delas 1,39 milhão são idosos, os mais vulneráveis nesta luta.
Na reunião foi debatido, além do mais, sobre as autopesquisas através dos celulares, ferramenta de muito valor e cujos números foram caindo, de mais de 8 mil pesquisados, nos primeiros momentos de sua implementação, para em torno de 3 mil. A esse respeito, o vice-primeiro ministro Roberto Morales Ojeda, considerou que «esta plataforma não está sendo usada, tal como nos propusemos do começo».
Para se autopesquisar, disse, não é preciso ter sintomas. «Um dos seus benefícios é que, embora a pessoa informe que não tem sintomas, se em algum momento começa a informar que os tem, isso nos vai permitir identificar a data de início, o que é útil para o posterior tratamento médico».
Em sua apresentação à liderança do país, o titular da Saúde Pública confirmou que em 12 províncias e na Isla de la Juventud se mantêm 39 eventos abertos de transmissão da Covid-19, número que se manteve estável nos últimos dias.
Antes de findar o mês de abril, precisou, «quatro desses locais devem fechar: o da comunidade Camilo Cienfuegos, em Consolación del Sur, em Pinar del Rio; o da comunidade La Ruda, em San José de las Lajas, Mayabeque; o de Naranjal, em Matanzas e o de Turiguanó, em Morón, Ciego de Ávila.
Tal como acontece habitualmente nestes encontros diários, vários territórios prestaram contas do seu trabalho. Nesta ocasião, novamente as máximas autoridades dos Conselhos de Defesa de Havana, Villa Clara e do município especial Isla de la Juventud, os quais informaram sobre a situação epidemiológica desses territórios; a capital, com o maior número de casos no país (577), seguida da província central (189), e da Isla da Juventud, com 39 casos, mas com a taxa mais alta de incidência em cada 100 mil habitantes.
Em cada uma dessas trocas, mediante vídeoconferências, a liderança do país instou a manter todas as medidas adotadas para conter a pandemia e não se desmobilizar, embora os números vão sendo mais animadores na Ilha maior das Antilhas.







