
Os resultados da Ilha maior das Antilhas no combate ao novo coronavírus não aparecem, nestes dias, nas manchetes dos grandes órgãos da mídia. Mais uma vez predomina o silêncio quando esta pequena Ilha se levanta e está salvando vidas, golpe a golpe, contra a Covid-19, sem poupar esforços nem recursos, e desafiando um bloqueio que persiste e afeta, limita e torna tudo mais caro. Em meio dessa luta sem trégua pela saúde de nosso pessoal, compartilha também com aqueles que necessitam de nós nestes momentos difíceis, além das nossas fronteiras.
A verdade está diante dos olhos do planeta todo. Desta vez, também não a podem esconder, nem com campanhas nem com tergiversações, nem com todo o ouro do mundo. Da digna luta de Cuba perante a Covid-19, do desvelo permanente dos seus líderes na batalha contra a pandemia e de sua vocação solidária em outras latitudes são testemunhas nosso povo e nossos irmãos do mundo.
O que esta Ilha conseguiu nos tempos do coronavírus é devido à Revolução que, com grandes sacrifícios, sustenta há várias décadas um sistema de Saúde Pública universal, gratuito e acessível para 100% da população cubana, cujo centro é o ser humano e não o capital.
Embora esteja faltando muito para vencer esta batalha, Cuba conseguiu se manter em um cenário favorável na luta contra a pandemia. Nossa indústria biológica e farmacêutica e outros centros científicos desenvolvem hoje mais de 70 pesquisas e testes clínicos, além de medicamentos para o tratamento desta doença, solicitados por dezenas de nações.
«O emprego de dois fármacos novos para o controle da reação hiperinflamatória que se produz na etapa da doença pulmonar, incrementaram as taxas de sobrevivência de pacientes graves acima de 80% e dos doentes críticos em mais de 75%», de acordo com o ministro da Saúde Pública, doutor José Angel Portal Miranda.
Nosso sistema sanitário vem garantindo, há décadas, taxas de mortalidade infantil e expectativa de vida semelhantes às de muitos países desenvolvidos, e no fechamento do ano 2018, um nível imunitário de 98%, com 14 doenças infecciosas erradicadas (11 delas mediante vacinas, das quais oito são de produção nacional), nove que não constituem problemas de saúde e 29 doenças transmissíveis controladas.
Contudo, nos povos irmãos da Pátria Grande existe outra realidade. Recentemente, a OMS declarou que a América Latina é o novo epicentro da Covid-19, episódio que se acrescenta ao fato de ser esta região a mais desigual do planeta, submetida durante décadas à pilhagem de seus recursos naturais e às consequências do neoliberalismo.
Em meio desse complexo panorama em Nossa América, não podemos permanecer indiferentes. Tal como tinha feito anteriormente, no fórum do Movimento dos Países Não-Alinhados e na Assembleia Mundial da Saúde, Cuba reiterou, em 28 de maio, na Reunião de Trabalho Virtual entre Parlamentos Latino-americanos e do Caribe, sua solidariedade com os povos da região e do mundo.
A vice-presidenta da Assembleia Nacional do Poder Popular, Ana María Mari Machado, ao falar no debate lembrou que, sem descurar a proteção de nosso povo, 28 brigadas de profissionais cubanos da Saúde se incorporaram aos esforços de 24 países para combater a pandemia, aos que se acrescentam os mais de 28 mil colaboradores que já vinham prestando serviço em 59 nações, apesar da campanha do Governo dos Estados Unidos contra a cooperação médica cubana, com o objetivo de desacreditá-la e sabotá-la.
Que outros estejam promovendo o ódio, as guerras e mentiras e, inclusive, o silêncio. Esta terra prefere dar lições com ações, oferece o melhor dos valores do seu pessoal, e continua andando como se fosse uma irmã pelo mundo, incansável, na defesa da vida.







