
Quarta-feira, 24 de junho, Havana e o país – que neste caso é o mesmo, e não por chauvinismo capitalino ou algo parecido– amanheceram com um só caso positivo à Covid-19, o que confirma a tendência favorável descendente baja dos últimos dias; uma muito boa notícia, sem dúvida, para a província que concentrou o epicentro e cauda da pandemia. Mas as estatísticas a favor não podem empurrar-nos a condutas contra, por muito alentadoras que, à primeira vista, e até a segunda, pareçam.
Seria totalmente insensato, por exemplo, ceder na disciplina e na responsabilidade para animar-nos, euforia, alegria e até baixa percepção de risco mediante uma «desescalada» por conta própria; porque hoje os números poderiam ser outros. Oxalá não, mas poderiam, pois ainda ficam doentes e um número importante de pessoas sob vigilância epidemiológica.
É certo que, a estas alturas, desejosos e até desesperados por dar fim aos dias de encerro, muitos preferimos pôr a vista – e a esperança – nas proporções otimistas que significa a relação entre as tantas amostras estudadas e os mínimos números de casos positivos.
O dado é, com efeito, sumamente esperançador; mas ninguém deve passar por alto que ainda persistem riscos, e que qualquer imprudência, hoje, nos faria recuar em tudo o ganho.
Os moradores de Havana, tal como disse o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz, em sua conta oficial no Twitter, «já estão vendo a luz no fim do túnel. Nosso povo merece um bom verão. Não obstante, sempre mantenhamos as medidas de higiene».
Justo disso se trata, de não baixar a guarda para conseguir, de uma vez e por todas, como bem o definiu Marrero, «acabar de vez com o novo coronavírus», e fazer com que Havana, por tudo aquilo que significa para a vida econômica e social do país, possa começar a transitar, mais cedo do que tarde, pela primeira fase da recuperação.