ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Em Matanzas, a homenagem do povo cubano à memória histórica da nação. Foto do Autor

O presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, lembrou nesta quinta-feira, 4 de novembro, em sua conta no Twitter, o 45º aniversário da Operação Carlota.

«Marcado com o orgulho de Cuba. A epopeia internacionalista em África está presente na memória histórica da nação», publicou o Chefe de Estado, a propósito do aniversário.

O evento foi lembrado no município de Limonar, em Matanzas, em uma cerimônia simples, na outrora usina açucareira Triunvirato, hoje Museu do Escravo Rebelde. A instituição, de valores patrimoniais, históricos, arqueológicos e culturais indiscutíveis, é uma memória do drama da escravidão e um emblema da profunda vocação internacionalista dos cubanos.

Damaris González Benítez, principal especialista do Museu, destacou o significado histórico da revolta de Triunvirato, uma das mais importantes do século 19, por sua abrangência como símbolo de insubordinação e seu impacto no futuro destino do vergonhoso regime.

Ela notou o modelo de rebelião sintetizado pela escrava Carlota, mulher de origem lucumi e cuja extraordinária coragem abalou a oligarquia escrava. Em sua homenagem, 132 anos depois, seu nome foi escolhido para denominar a missão internacionalista de Cuba em Angola, página de honra na história do país.

Na cerimónia, comandada pelos mais altos dirigentes do Partido e do Governo da província, foi prestada homenagem a Carlota, como fazem diariamente as áreas do Museu do Escravo Rebelde e as ruínas do antigo engenho, que sintetizam o calvário da escravatura e seu exemplo eterno.