
Neste dia 20 de janeiro, dia considerado histórico, quando foi empossado o novo governo dos Estados Unidos, eu reli o resumo das medidas contra Cuba desde 2017, assinadas por aquele que se despediu do poder presidencial, mas não pelo que representa dentro desse sistema.
Os que ainda se lamentam (ou se mostram ameaçadores e armados) por ter perdido seu herói, repetem argumentos para lhe conceder uma altura que ele nunca terá. Uma dos argumentos mais repetidos é que ele não iniciou nenhuma guerra.
Surpreendente. Para ele, bastou manter aqueles conflitos que seguem seu curso destrutivo e usar velhos métodos com velhos e novos atores: a leitura das medidas contra Cuba ilustra sua guerra, de «pôr o joelho no pescoço do adversário». Ele também saiu, à grande. Com uma guerra contra o próprio país, para concordar com aqueles que dizem que ele se invadiu a si próprio e chegou ao dia de hoje com uma fratura que desconcerta aqueles que se consideram donos de grandezas.
Cada leitura me faz não esquecer. Para saber de que lado vale a definição de humanidade; saber que os negadores de qualquer certeza solidária, humanística, científica, inclusiva (que em última instância negam o direito à vida), não podem ter lugar no meu conceito de mundo compartilhado. Porque essas leis não são apenas palavras. Elas se traduzem em sofrimento. (Também em resistência).
Quem acreditar que este homem e seus pares não foram e são responsáveis por transformar os sonhos de muitos em pesadelos, está dentro de seus direitos. Mas não na minha área, não comigo, não com meu povo, não com Cuba. E leiam: QUALQUER UM. Vamos continuar trabalhando, vamos cuidar, vamos curar... E vamos observar. E não devemos esquecer.







