
Com o hospital Saturnino Lora, em Santiago de Cuba, como palco, iniciou-se em 1º de janeiro a fase II dos testes clínicos do candidato de vacina Abdala (CIGB 66) contra a Covid-19, no qual se pretende imunizar cerca de 760 voluntários.
A doutora em Ciências Marta Ayala Ávila, membro do Bureau Político e diretora-geral do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), relatou que embora na fase I os sujeitos tivessem entre 19 e 54 anos, a particularidade desta é que esse intervalo se estende até os anos 80.
«É explorada apenas a via de administração intramuscular, com o estudo de dois níveis de dose de 25 e 50 microgramas, com três administrações das doses correspondentes e diferentes intervalos de tempo entre elas. Além disso, foi incluído um grupo placebo», especificou Ayala Ávila.
O Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia trabalha em simultâneo com o candidato Mambisa (CIGB 669). Ambas as possíveis vacinas contra a Covid-19 iniciaram seus ensaios em 7 de dezembro do ano passado e 56 dias após a sua administração se mostraram seguras, com efeitos adversos mínimos, como dor leve na área de vacinação.
Abdala e Mambisa, junto com a série Soberana, do Instituto Finlay de Vacinas, mostram a força científica de Cuba e a esperança de que a população da Ilha possa ser imunizada contra o mortal SARS-COV-2.