A videoconferência tem se tornado uma ferramenta valiosa para acompanhar, a partir das lideranças do país, como está o controle da transmissão da Covid-19 em cada território. Nesta segunda-feira, 29 de março, por exemplo, houve um intercâmbio entre o presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e o governador da capital, Reinaldo García Zapata, a respeito de um retrocesso nesta província no sentido de cortar a expansão do coronavírus.
Quantos eventos institucionais tem Havana?, questionou o chefe de Estado, durante a reunião do Grupo de Trabalho Temporário para a Prevenção e Controle da Covid-19, também liderado pelo primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz.
A este respeito, García Zapata explicou que existem três surtos e que, a respeito deles, as autoridades da capital estimam que em dias sucessivos não continuarão gerando casos. «Temos que acompanhar os eventos da comunidade», enfatizou.
O presidente falou sobre a relevância de «continuar revisando as estratégias», porque em Havana é preciso reduzir os casos, para isolar os suspeitos de forma mais eficaz, bem como os contatos dos contatos dos positivos. «Enquanto isso não for conseguido», destacou, «será muito difícil cortar a transmissão em Havana. Só poderia ser cortada se o isolamento doméstico fosse realmente eficaz, e não é».
Quanto à observação do presidente, García Zapata destacou a importância de detectar todos os casos possíveis a partir de uma pesquisa eficaz. Da mesma forma, reconheceu a relevância de isolar os contatos dos casos positivos como forma de controlar a transmissão, ao mesmo tempo que destacou a ideia de que quem permanece isolado em sua casa cumpre realmente tudo o que é estipulado, para que o isolamento realmente funcione.
Na sessão de 29 de março houve também intercâmbios com outras províncias para analisar o comportamento dos cenários epidemiológicos no auge da semana recém-concluída (décima segunda do ano): com Pinar del Río – que mostrou avanços no controle da transmissão; com Artemisa — que também evolui; com Matanzas – em retrocesso; com Sancti Spíritus – que evolui; bem como com Camaguey e Santiago de Cuba – que regrediram.
Na voz do titular da Saúde Pública, José Angel Portal Miranda, soube-se que, em Cuba, nos últimos 15 dias, foram diagnosticados 11.609 casos, para uma taxa de incidência de 103,8 por 100 mil habitantes. As províncias de Havana (306,9), Santiago de Cuba (107,6) e Granma (105) mantêm o indicador mais alto.
O país, conforme detalha o ministro, acumula um total de 417 óbitos em decorrência da doença, para uma letalidade de 0,57%.
