
«Corajoso, crítico, orientador», assim qualificou o membro do Bureau Político, Ulises Guilarte de Nacimiento, secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba, o Relatório ao 8º Congresso, apresentado pelo general-de-exército Raúl Castro Ruz.
Em sua opinião, o texto, de forma clara e objetiva, reitera ao Partido que o desempenho da economia continuará fazendo parte de uma de suas missões fundamentais, cuja gestão deve nos levar a uma mudança na forma de agir e pensar, na busca de reservas de eficiência e na responsabilidade dos trabalhadores em encontrar essas novas formas de geração de riquezas, com o esforço de todos.
«Nossa militância», acrescentou, «tem que sair com o toque do sino para fazer com que nosso sistema empresarial, como afirma o Relatório, sofra um abalo».
«É verdade», disse ele, que o povo exige mais eficiência da economia cubana; portanto, apesar das limitações objetivas, é urgente resolver as subjetivas».
«O Relatório acertou no alvo dos problemas que temos, pelo qual sua análise em todas as estruturas de base é essencial», assegurou Inés María Chapman, primeira vice-ministra e membro do Bureau Político.
«Os militantes», considerou, «têm que cumprir suas responsabilidades em cada um de seus cargos e, ao mesmo tempo, ser militantes na comunidade, na vizinhança e, a partir de todas as esferas, levar avante a defesa do socialismo».
Por sua vez, o delegado da província de Holguín, Rafael Santiesteban Pozo, membro do Comitê Central e presidente da Associação Nacional dos Pequenos Agricultores, destacou, nas palavras do general-de-exército, o apelo a continuar promovendo um conjunto de ações para produzir mais com os recursos que temos.
«Para isso», garantiu, «é necessário promover um bom trabalho, contribuições concretas, com rigor e através da introdução da ciência e da tecnologia».
«Em relação à diversificação da produção, de acordo com as propostas do Relatório, é necessário aproveitar as terras disponíveis, e que o que se produza que esteja próximo do que a população procura», disse.
Transmitiu o apreço do setor pelas medidas recentemente aprovadas, que implicam mais empenho e vontade de continuar transformando, de continuar fazendo.
O Relatório, afirmou o delegado de Camaguey, Ariel Santana, «nos serve para o futuro, de mãos dadas com o pensamento de Fidel e com a disciplina e as exigências permanentes de Raúl».
«Mas nem tudo pode ser deixado aos documentos», comentou, «porque se não encontrarmos alternativas e soluções adequadas a cada lugar, se não fortalecermos o vínculo e trabalharmos com as massas, não podemos falar de vitória».
Da mesma forma, o primeiro vice-ministro e membro do Comitê Central, Jorge Luis Tapia Fonseca, destacou que o documento nos enche de compromisso e suas análises deixam claro onde estão os problemas e onde não podemos errar. Isso nos deixa traçado o caminho para o futuro.
«Em suas palavras, o general-de-exército apela a um trabalho político-ideológico, criativo, oportuno e, ao mesmo tempo, transmite a confiança de que podemos avançar, em estreita convivência com o povo, com base no exemplo, na sistematicidade e nos resultados, pelo qual, sem dúvida, a população nos julga», frisou.
Deste vínculo, disse, «surgiram as medidas aprovadas para aumentar a produção alimentar, cuja implementação exige um esforço extraordinário, um controle rigoroso e que todos os produtores tenham conhecimento delas. O apelo é para o combate», sentenciou.
Dentre todas as ideias centrais expostas no Relatório, o primeiro vice-ministro, titular de Economia e Planejamento e membro do Comitê Central, Alejandro Gil, destacou a abordagem profunda da necessidade de gerar uma mudança real na eficiência do sistema empresarial do Estado.
«Podemos expandir o emprego autônomo, expandir cooperativas não agrícolas, aprovar micro, pequenas e médias empresas; mas a estatal é o sujeito fundamental», afirmou.
Nesse esforço, mencionou, «foram dados passos essenciais com a Estratégia Econômico-Social, a Tarefa Ordenação, a implementação das Diretrizes e, assim, continuamos avançando na economia».
O ministro da Economia e do Planejamento também destacou outra abordagem estratégica do general-de-exército: “«Temos que nos acostumar a conviver com o que temos e não esperar gastar mais do que somos capazes de gerar renda, e nem sempre agimos assim».
Por isso, disse, «deve prevalecer o conceito de geração de mais recursos, com a participação ativa de todos os atores econômicos, especialmente da empresa estatal, para não renunciar ao caminho do crescimento no próximo quinquênio».
Em nome da militância da província de Holguín, o delegado Ernesto Santiesteban reconheceu a transparência com que se trata um conjunto de questões cardeais para a sociedade, que devemos converter em diretrizes de trabalho, antes de tudo, do Partido, mas também de todas as estruturas de Governo.
«Se algo deve nos distinguir, na linha dos pronunciamentos do Relatório, segundo o delegado, é o elo com as massas. Se a liderança máxima do país nos mostra, com seu exemplo, essa relação com o povo, as organizações intermediárias também devem fazê-lo».

«Estamos perante um documento programático que traça os rumos e as atitudes que os quadros devem assumir», declarou o membro do Comitê Central, Luís Antonio Torres Iríbar, primeiro secretário do Partido na capital.
O Relatório situa esta geração no passado, no presente e no futuro, e a conclama a ser firme e consistente com a história e com o povo, com Fidel e Raúl.
A controladora-geral da República, deputada e membro do Comitê Central do Partido, Gladys Bejerano Portela, destacou o privilégio de ter sido dirigida, durante mais de 60 anos, por Fidel e Raúl, «os que nos ensinaram a transformar retrocessos em vitórias e a confiar na capacidade humana».
«A exemplaridade, a disciplina e o respeito à legalidade constituem premissas inevitáveis para a militância», concluiu.
ESTE É UM DOCUMENTO HISTÓRICO
A comissão chefiada pelo segundo secretário do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Machado Ventura, responsável por debater os temas do funcionamento e do trabalho ideológico do Partido, também examinou o Relatório Central.
No âmbito do debate, Alexander Valdés Valdés, membro da Bureau Executivo do Comitê Provincial do Partido na província de Artemisa, expressou que uma questão específica é o assunto do trabalho autônomo, um dos setores que o inimigo tenta penetrar, e nesse trabalho ideológico que se realiza a partir do Partido deve ser abordado de uma maneira diferente.
«Nem todos os municípios conseguem formar células partidárias e comitês de base de jovens comunistas nesse setor da economia que, em muito pouco tempo, vai empregar não poucos trabalhadores de diferentes ramos», ratificou Valdés.
Da mesma forma, destacou a importância das escolas municipais do Partido no trabalho com os próprios líderes, para garantir que, a partir das estruturas, não haja ingerência nos assuntos internos da administração.
«Também está o lado da ideologia, como fazer com que essa organização de base realize uma reunião ordinária que faça sentido, e uma reunião de estudos Partido-UJC, que trabalhe na formação ideológica de nossos líderes», disse o delegado.
Da mesma forma, referiu a importância de trabalhar a questão das redes sociais, de nos manter atualizados também através dos canais oficiais e de continuar o processo a partir da exemplaridade da geração histórica da Revolução.
Alberto López Díaz, delegado de Villa Clara, destacou que o conteúdo do Relatório, de forma clara e objetiva, faz um balanço do que foi feito nestes cinco anos de trabalho, desde o 7o Congresso até hoje.
Disse que cobre, com uma visão aguda de objetividade e crítica, todas as questões estratégicas da nação cubana e as deficiências apresentadas durante neste tempo.
Ressaltou que não só por ser o Relatório do 8º Congresso, mas por seu conteúdo, é um documento histórico que devemos estudar para refletir e ver um período da Revolução Cubana em um cenário complexo.
Explicou que reafirma a convicção e a continuidade histórica, e que engloba a vida de um país em cinco anos de grandes esforços e sacrifícios de seu povo. «É um relatório em que nosso Comandante-em-chefe está presente, desde o primeiro parágrafo até a última palavra», acrescentou.
«Também está presente o principal protagonista destes tempos e de toda a história cubana: o povo», concluiu.
Por sua vez, Alfonso Noya Martínez, presidente do Instituto Cubano da Rádio e Televisão, convidado ao Congresso, disse que, ao interpretar o conteúdo do Relatório, não devemos reduzi-lo apenas ao trabalho de comunicação midiática sobre o assunto. da imprensa, visto apenas a partir das informações. Para poder refletir a integralidade de um país, isso não pode ser visto apenas no informativo, deve ser a partir da integralidade, do seu reflexo no dramatizado, na música, em qualquer uma das dimensões que a mídia tem para trabalhar.
Ressaltou a importância de informar essa realidade por todos os meios, para nos conectarmos mais às pessoas, para resgatar públicos e conquistar novos públicos que consumam nossa mídia.
«Reduzir as críticas ao trabalho da mídia seria insuficiente para as soluções que devemos buscar se quisermos refletir na mídia esse povo, esse cubano que cada dia constrói o país, com sua história, com seu presente e com seu futuro», culminou o delegado.

Yailin Orta Rivera, delegada de Havana e diretora do jornal Granma, destacou a importância histórica do Relatório Central, que descreveu como um texto maiúsculo, obrigatório para o estudo, por ser um discurso dirigido ao povo cubano e ao mundo.
Observou que as palavras do general-de-exército têm uma síntese transcendental de experiências e decisões que também impactarão a vida das próximas gerações de cubanos.
«As críticas de Raúl aos meios de comunicação vão à raiz, com o intuito de melhorarmos e repensarmos nossa entrega todos os dias à luz do desafio intelectual que temos com a formação de uma consciência socialista», disse a delegada.
«Não creio que outro meio de comunicação como o jornal Granma», afirmou, «tenha sido submetido a uma demonização maior, com linchamentos constantes de seus profissionais, perseguidos nas redes sociais. Eles fazem isso porque, atacando o jornal Granma, estão atacando o Partido, e atacando o Partido estão atacando também a Revolução Cubana e a força unida de nossa nação», confirmou Orta Rivera.
«Em nossos meios de comunicação», afirmou, «a informação não é mercadoria, a mensagem não está subordinada a nenhuma potência estrangeira ou a quem queremos piscar ou simpatizar, mas sim ao povo cubano. Cada linha tem apenas esse compromisso: com a verdade, com o povo e com sua Revolução».
«Em meio a essa realidade histórica, no jornal Granma se aprende o que significa honrar o compromisso com o jornal do Comandante-em-chefe, Raúl e com a direção do Partido», comentou.
«Todos os dias temos que repensar o conteúdo de nossos meios de comunicação, que sofreram uma deterioração material que gerou dilemas éticos e que foram corroídos por realidades muito complexas e nos quais ocorreram migrações para os meios de comunicação do inimigo».
«Há também um reforço de estereótipos que tencionam atacar os meios de comunicação públicos cubanos para envergonhar as pessoas, a tal ponto que, para alguns jovens nas universidades, estar no jornal Granma não é atraente, ao invés de ser um grande prêmio por estar em uma jornal que representa a história humanista da Revolução. Devemos continuar apostando na transformação dessa psicologia», disse.
«O jornal Granma deve continuar acompanhando o povo a partir da vanguarda criativa e comprometida com a verdade. O que resta é um grande caminho e devemos continuar fazendo mais e melhor pelo Partido, pela Revolução e pelo povo cubano», concluiu a delegada.
ENTRE O LEGADO HISTÓRICO E O COMPROMISSO
«O Relatório Central ao 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba estabelece um legado histórico, um compromisso, uma convicção e uma obrigação para todos nós, para a União dos Jovens Comunistas, para as organizações de massas, para a militância e para os órgãos do Poder Popular e do Estado, para incorporá-lo profundamente em nosso comportamento pessoal, trazê-lo para nossas famílias e aplicá-lo em grupos».
O Relatório foi considerado pelo membro do Bureau Político, Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores, e delegado ao Congresso, ao avaliar na sessão da tarde da comissão dedicada à Política dos Líderes, como um transcendental documento apresentado pelo primeiro secretário do Comitê Central do Partido.
Além disso, constitui um «instrumento de trabalho e uma arma fundamental de luta para que seja essencialmente interpretado».
A respeito do brutal bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo Governo dos Estados Unidos a Cuba, afirmou que as ideias expressas no texto ratificam que é vital compreender o enorme impacto que sua aplicação tem na vida de nossas famílias e de nosso país.
Foram levantadas cerca de uma dezena de intervenções entre os delegados que integram esta comissão, nas quais concordaram em destacar a importância e o valor de cada uma das ideias expressas por Raúl.
Roberto López Hernández, delegado da província de Villa Clara, descreveu-o como «muito preciso e muito contundente». É um relatório que «apela ao estudo e à reflexão; que alerta, indica e delineia a estratégia e o caminho que devemos seguir. É um documento que chama, que se compromete, que nos encoraja e nos chama a enfrentar com decisão todas as dificuldades e problemas que temos».
«A situação atual do país é complexa e difícil», frisou, «e o Relatório não é alheio a isso, que abrange também a crítica dos problemas, daquilo que não foi bem feito. Isso dá muita confiança e credibilidade».
«São essências que nos deixam lições de humildade e simplicidade, qualidades que todos os revolucionários devem ter», comentou. «As palavras finais do Relatório», assegurou, «chegaram à vida do cubano, porque quando se escuta o general-de-exército falar, só se percebe o quanto ainda resta por fazer».
Como um relatório impressionante, Osmanis Viñals García, primeiro secretário do Partido no município de Holguín, considerou o texto. «É um excelente resumo», disse, «do que aconteceu em nosso país nos últimos cinco anos; é um documento de denúncia, que traça o caminho face aos inúmeros desafios que enfrentamos e deixa bem claro, mais uma vez, a posição da Ilha perante o império. Este documento não é letra morta ou letra passiva; dá-nos ânimo para continuar fazendo e vencendo».
Ao falar durante a sessão de trabalho, o primeiro secretário do município de Guantánamo, Yucleidis Ramírez Ramírez, valorizou que o Relatório constitui em si mesmo uma tese de consulta aos coletivos trabalhistas, pois inclui todas as questões que temos vivido, principalmente nos últimos tempos.
«Entre os integrantes das Forças Armadas Revolucionárias», disse o general-de-divisão Roberto Legrá Sotolongo, «o documento deixa uma mensagem essencial: Para um revolucionário e um militante do Partido, a luta é sempre até a morte».
A delegada Yanet Hernández Pérez, vice-governadora de Havana, destacou que o relatório apresentado pelo primeiro secretário do Partido não só demonstrou sua habilidade como estrategista militar, mas também confirmou que, mesmo nas piores circunstâncias, não podemos esquecer Fidel.
«Trata-se de um documento que deve ser consultado e estudado, não só para líderes e militantes em diferentes contextos, mas para todos em geral», referiu.
«Foi uma análise aprofundada, na qual ficou acordado que o Relatório traça linhas de orientação para avançar e compromete os militantes e diretivos no trabalho cotidiano, porque a responsabilidade do Partido estará sempre no centro do enfrentamento dos problemas».
Em nome desta Comissão de Trabalho, o membro do secretariado do Comitê Central do Partido, Abelardo Álvarez Gil, chefe do Departamento de Organização e Política de Pessoal, assegurou que ratificaria ao primeiro secretário do Comitê Central o total apoio ao Relatório apresentado, «por seu conteúdo, por sua posição crítica face aos problemas que nos afetam, e pela vontade e esperança de que esta Revolução continue firme e duradoura».







