
Cuba espera completar as doses necessárias de suas vacinas candidatas mais avançadas em agosto para imunizar toda a população contra a Covid-19. O anúncio foi feito pelo doutor em Ciências Eduardo Martínez Díaz, presidente do grupo BioCubaFarma.
Explicou que a Ilha pode ser o primeiro país a imunizar toda sua população com a própria vacina. «Tanto Abdala quanto a Soberana 02 têm seus sistemas de produção», disse. «Foi pensado assim para que não competissem, para poder fabricar muitas vacinas em um curto espaço de tempo», explicou Martínez Díaz recentemente no programa Mesa Redonda, da televisão.
O presidente da BioCubaFarma afirmou que, nas últimas semanas, foram realizados os processos de escalonamento da produção das duas vacinas e que neste momento já são obtidas em nível industrial. No caso da Abdala, especificou que o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB) participa de seu sistema de produção, onde é fabricado o antígeno, para depois ser formulado nos Laboratórios Aica.
Já o Centro de Imunologia Molecular, fabricante do antígeno RBD, participa da Soberana 02; o Instituto Finlay de Vacinas (IFV), que conjuga esse antígeno com o toxóide tetânico, e a vacina final, a formulação desse antígeno conjugado, é realizada no Centro Nacional de Biopreparações (Biocen).
A BioCubaFarma traçou um plano de operações até dezembro, que define o número de doses que sairão mês a mês de cada uma das vacinas, que aumentará com o tempo.
«Estamos alcançando cada vez mais a estabilidade industrial, temos muitas vacinas fabricadas para iniciar a intervenção sanitária, que passaram por um rigoroso processo de avaliação», disse Martínez Díaz, que destacou que Cuba tem mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento e produção de vacinas, que têm sido usadas em mais de 30 países.







