
O mundo viveu neste fim de semana uma nova jornada de solidariedade a Cuba para exigir o levantamento do criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos na véspera da apresentação do relatório contra essa política intervencionista em 23 de junho na ONU.
Foi o caso da Europa, onde se realizou virtualmente o 15º Encontro de Cubanos Residentes, que centrou seus debates em pactuar ações de maior visibilidade para mostrar desacordo e desafio ao bloqueio, o qual foi agradecido pelo membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista e ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, em seu perfil no Twitter.
Na declaração final do fórum, denunciaram o ressurgimento daquela cruel política norte-americana, com a imposição de 243 medidas ditadas pelo governo de Donald Trump, e que seu sucessor, Joe Biden, ainda mantém, apesar da rejeição mundial e do flagelo da pandemia para a Ilha maior das Antilhas que se torna mais complexa.
Da mesma forma, condenaram a inclusão de Cuba na lista unilateral elaborada pelos Estados Unidos de países considerados patrocinadores do terrorismo, exigiram a devolução do território ocupado ilegalmente pela base naval estadunidense na província oriental de Guantánamo e o fim das campanhas de descrédito contra as brigadas médicas que, em tempos de pandemia, mais uma vez demonstraram sua solidariedade com outros povos do mundo.
A agência Prensa Latina noticiou ações paralelas nas ruas de Londres, no Reino Unido, convocadas pela Campanha de Solidariedade com Cuba, na qual dezenas de pessoas percorreram a Praça do Parlamento e a avenida Whitehall, até que culminaram na central Trafalgar Square, sob o lema: «Bloquear é odiar, mandar amor a Cuba». Essas mobilizações se repetiram nas cidades britânicas de Manchester e Sheffield.
Na França, as associações Cuba Linda e França Cuba entregaram simbolicamente ao Embaixador Elio Rodríguez, em ato público, um certificado que representa a contribuição de um milhão de seringas para a vacinação anti-Covid-19 na Ilha, no valor de 84.000 euros.

Em frente aos escritórios da Comissão da União Europeia em Barcelona e Madri, dezenas de manifestantes condenaram a agressividade da Casa Branca contra Havana e rejeitaram as recentes manobras de eurodeputados de direita para atacar a Ilha.
Na Itália, Amigos de Cuba e sua Revolução convocaram um evento no bairro de Marino e, na biblioteca pública local, realizaram uma mesa redonda para explicar que o bloqueio causou a Cuba uma perda de $ 5.570 milhões, entre abril de 2019 e março de 2020 e que por mais de 28 ocasiões na Assembleia Geral da ONU os representantes dos países do mundo votaram a favor da eliminação da política genocida contra Cuba.
Em Turim foi realizada uma regata e os barcos foram adornados com bandeiras cubanas e slogans como: «Vamos remar contra o bloqueio», e da ponte Umberto I ouvia-se «Cuba sim, ianques não» e «Sim por Cuba», sem bloqueio, enquanto levantaram cartazes alegóricos para a ocasião e bandeiras cubanas.
Na Rússia, foi realizado um passeio de motocicleta de mais de 3.000 quilômetros entre Moscou e Novosibirsk, estrelado por Alexei Kuzin, e ao qual se juntaram outros partidários da Revolução Cubana e apoiados com mensagens de amor pelos cidadãos das cidades por onde circulavam.
Iniciativas semelhantes ocorrem na América Latina. De Buenos Aires circulou nas redes sociais uma resolução condenando o bloqueio, na qual se lê: «estar na lista dos Estados patrocinadores do terrorismo é o mal mais sinistro que se pode atribuir a um país bloqueado, aplicando sanções milionárias a empresas estrangeiras, grupos empresariais transnacionais e até governos, pelo único fato soberano de contratar relações comerciais com Cuba», disse a PL.
Entretanto, a Associação de Moradores de Cuba no México José Martí divulgou um comunicado exigindo que a nova administração dos Estados Unidos suspenda imediatamente sua cruel e ilegal guerra econômica contra Cuba, que tanto causa danos à população, especialmente em tempos de pandemia da Covid-19.
A Prensa Latina citou um trecho que diz: «Também rejeitamos a recente resolução do Parlamento Europeu contra Cuba que, de forma cínica e tendenciosa, fala dos direitos humanos na Ilha e é incapaz de condenar o que se passa na Colômbia e noutras partes do mundo, um mundo onde os direitos humanos de sua população são violados».
Ainda em Caracas, na Venezuela, o Conselho Legislativo do estado de Aragua aprovou um acordo de solidariedade com Cuba e de rejeição do bloqueio, assinado pelos legisladores do órgão parlamentar regional, além dos presidentes dos 18 conselhos municipais da demarcação.
Enquanto em Toronto, membros da Associação Cubana Juan Gualberto Gómez foram com cartazes ao consulado dos Estados Unidos no sábado 19, para exigir o levantamento do cerco econômico, uma política de seis décadas que afeta as famílias da Ilha maior das Antilhas. As atividades foram realizadas em Vancouver, Toronto, Montreal, Halifax, Victoria e Ottawa.

Diversas cidades na China experimentaram diferentes iniciativas de apoio à Revolução Cubana. Em Pequim, ocorreu um evento público no Parque Ritan, e da mesma forma ocorreram atividades em Xangai, Guangzhou, Shenzhen, Hong Kong, Anhui e Jiangsu, para explicar os danos causados a Cuba pelo bloqueio.
Algo semelhante preparou a Coalizão Cuba Sim Nova York-Nova Jersey, com uma caravana de carros e bicicletas, promovida pelo projeto Pontes de Amor, com a convocação mundial para acabar com as sanções contra Cuba.