ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Foto: Estúdios Revolución

O ministro da Saúde Pública, José Ángel Portal Miranda, declarou no domingo, 15 de agosto à imprensa que «nos últimos dias o sistema de Saúde tem apresentado limitações com a cobertura médica de oxigénio para assistência aos doentes, depois de uma avaria na principal usina produtora de oxigénio que o país sofreu».

A quebra de uma peça, especificou, «a tirou de circulação e isso significa que as produções que Cuba normalmente consegue hoje são limitadas. No entanto, com base na situação atual que nos foi apresentada, a liderança do país decidiu criar um Posto de Gestão Nacional e também em nível provincial, constituído por diferentes organismos que estão contribuindo para fornecer soluções ágeis e mitigar, o máximo possível, o impacto que esse problema pode gerar».

Portal Miranda explicou que estão trabalhando naquele órgão durante 24 horas os principais diretivos de várias entidades, nomeadamente o ministério das Indústrias, as Forças Armadas Revolucionárias, o ministério do Interior, o ministério dos Transportes, o ministério do Comércio Exterior e do Investimento Estrangeiro, o ministério da Saúde Pública e outros que sejam necessários para a busca de alternativas.

Precisamente estas declarações à imprensa ocorreram após a reunião do Posto de Direção, chefiado pelo primeiro secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e pelo primeiro-ministro Manuel Marrero, em ligação por videoconferência com todas as províncias e a Isla de la Juventud.

Conforme detalhado, «há um conjunto de decisões que foram tomadas nos últimos dias que nos têm dado soluções para amenizar essa situação. Está se procurando otimizar o mais rápido possível», garantiu, «a solução da usina. Além disso, foram importados aparelhos concentradores de oxigênio, equipamentos que conseguem produzir oxigênio, em baixo volume, 24 horas por dia e que podem ser usados ​​em até três pacientes ao mesmo tempo. Estamos colocando-os», explicou, «nas principais instituições de atendimento aos pacientes».

O ministro da Saúde destacou ainda que «há usinas de outros organismos que também foram disponibilizadas para a produção de oxigênio, inclusive as das Forças Armadas. As restantes pequenas usinas do ministério das Indústrias», acrescentou, «estão na capacidade máxima de produção, o que nos permite garantir um pouco mais de oxigênio para o atendimento aos pacientes».

Portal Miranda referiu à imprensa que também estão recebendo donativos de pequenas centrais produtoras de oxigénio, vindas de países amigos, às quais se somou a importação daquele procurado produto, «em plena situação internacional, porque a crise de oxigénio não é só em Cuba, pois todos nós temos acompanhado os meios de comunicação internacionais e podemos ver a verdadeira crise que ocorre em muitos dos países que nem sequer têm capacidade para produzi-lo. No nosso caso, está ligado a uma falha da usina que ninguém esperava e que teremos de recuperar para continuar com os níveis de produção que o país normalmente tem».

«Várias organizações com a liderança do país à frente», reiterou, «estamos em busca de uma fórmula para minimizar os riscos impostos pelas limitações do produto no país. O ministério da Saúde», especificou, «vem tomando medidas de organização, assistência, controle e economia para otimizar esse recurso».

«Discutimos com todos os diretores provinciais, com as instituições mais consumidoras, para podermos levar este medicamento aos doentes essenciais», disse Portal Miranda.

O ministro elogiou «tudo o que os companheiros do Mindus estão fazendo, os que estão ligados à produção e transporte de oxigênio. Estão trabalhando 24 horas, não param, para tentar fazer as produções que estão sendo concluídas o mais rápido possível».

Por outro lado, destacou, seria injusto não reconhecer tudo o que tem sido feito por profissionais de saúde, especialistas, enfermeiras, tecnólogos que estão diretamente ligados ao atendimento ao paciente e que tiveram que encontrar meios de socorrer essa complexa situação que estamos vivendo no país».

«Foram introduzidas modificações tecnológicas», exemplificou, «inovações foram feitas para atingir um número maior de pacientes. Por trás de tudo isso estão nossos médicos, nossas enfermeiras, nossos tecnólogos, em busca de soluções, e esse mesmo reconhecimento aos trabalhadores do setor é, sem dúvida, da liderança do país».

Portal Miranda elogiou todo o esforço que está sendo feito em meio a esse cenário complexo que o país vive com o enfrentamento da epidemia, onde o consumo de oxigênio é crescente. Mas, como sempre, afirmou, «toda a confiança de que o que está sendo feito pelas lideranças do país, o que está sendo feito por nossos profissionais, nos permitirá vencer também esta batalha».

Por fim, o ministro Portal Miranda pediu ao nosso pessoal mais responsabilidade e que continuem se cuidando. «Na medida em que tivermos menos pacientes, teremos menos limitações, portanto, a responsabilidade individual, das famílias, da comunidade é a chave para vencer esta batalha».