ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: José Manuel Correa

«Uma obra tão grande, tão firme, tão humana como a Revolução não poderia ter existido se não contasse com a dedicação e o heroísmo das mulheres». Esta é uma verdade tão retumbante e justa que no sábado, 21 de agosto, foi recordada pelo primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, no encontro com um grupo de destacadas combatentes, pertencentes às Forças Armadas Revolucionárias (FARs) e o ministério do Interior (Minint).

No quartel-general da Brigada Especial Nacional do Minint, o chefe de Estado disse às mulheres: «Somos nós os que agradecemos». O presidente afirmou isso porque, em seu entendimento, elas tiveram a gentileza de comparecer e compartilhar suas experiências.

Díaz-Canel lembrou as heroínas das nossas guerras de independência, as da luta clandestina, as dos movimentos revolucionários dos anos 30 do século XX, lutadoras como Vilma Espín, Celia Sánchez, Haydée Santamaría, Teté (Delsa Esther Puebla), Melba Hernández e muitas outras que lutaram, foram mães, companheiras, líderes avançadas e audaciosas dentro do Cuba em Revolução.

«Foi muito significativo», disse o presidente, «um encontro deste tipo, poucas horas antes de a Federação das Mulheres Cubanas (FMC) — criada por Fidel, em 23 de agosto de 1960 — completar um novo aniversário. Este intercâmbio com mulheres que realizam trabalhos destacados em nossas Forças Armadas Revolucionárias e no Ministério do Interior continha muito simbolismo e valor».

Diante delas, que constituem aquelas instituições que são parte indissolúvel do povo — visto que são o mesmo povo fardado — o presidente cubano destacou a forma como ambas as forças revolucionárias participaram decisivamente na luta contra a Covid-19 ( distribuindo, por exemplo, algo tão precioso como o oxigénio medicinal por toda a Ilha), além da missão sagrada e cotidiana de salvaguardar, em múltiplos fronts, a integridade da Pátria.

Começaram a ser ouvidas as reflexões de mulheres, estudantes ou profissionais, que, desde as FAR ou o Minint, vivem e defendem uma Cuba imersa em múltiplos combates. Nas palavras de todos surgiram depoimentos sobre a dedicação dos mais jovens combatentes a tarefas como cuidar dos pacientes da Covid-19, ou a produção de insumos para essa luta pela saúde, ou o estudo constante, agora que a Revolução deve se defender no campo da realidade, e também das redes virtuais, onde o inimigo a demoniza e tenta quebrar conquistas como a paz e a unidade.

Nessas reuniões que Díaz-Canel vem realizando com diversos setores da sociedade, é inevitável que os presentes compartilhem suas visões sobre uma Cuba abalada por acontecimentos como o de 11 de julho e tantos outros desafios. As mulheres uniformizadas juntaram suas vozes para falar de instituições que nunca defenderam a integridade do arquipélago lançando mão do ultraje ou da injustiça, pois são uma parte natural do povo, porque nasceram das raízes humildes e sensíveis daquele povo.

«Sinto-me orgulhosa e abençoada por ter nascido em Cuba», disse uma menina muito jovem, que compartilhou sua certeza de que «o cubano não é uma pessoa que cai no chão e começa a chorar, pelo contrário: somos feitos de um material de rebelião e otimismo que resiste a todas as tempestades».

ELOGIO MERECIDO

As ideias das mulheres e do presidente estavam se entrelaçando. Os tópicos eram diversos, mas todos importantes. Elas falaram sobre o desafio da ciberguerra que se apresenta e Díaz-Canel lembrou que as novas plataformas de comunicação são, muitas vezes, trilhos a partir dos quais o império tenta fazer as pessoas romperem com sua identidade, negarem suas essências, começarem a olhar como obsoleto qualquer atributo de identidade nacional, história, cultura.

«É uma plataforma de dominação colonial», disse o chefe do Estado, que «está muito impregnada da manipulação dos sentimentos e que retrata uma Cuba absolutamente distorcida. Essa é uma realidade que exige um olhar crítico, principalmente dos nossos jovens, que mais tempo navegam nas redes».

A troca serviu para refletir sobre quantos espaços de interação entre os cubanos deixaram de funcionar após a epidemia, o que sem dúvida é um desafio social e ideológico. O presidente não se esqueceu de como os inimigos da Revolução tentam ridicularizar todas as nossas instituições ou figuras de governo, todos os espaços onde sabem que a sociedade cubana pode encontrar seus meios para resolver os problemas.

«Devemos estar muito atentos na defesa de nossas verdades», disse Díaz-Canel aos combatentes, lembrando-lhes que suas lutas são diárias e também enormes. E estendeu o «reconhecimento, respeito e admiração, carinho pelo que vocês representam, pelo que vocês fazem».

«Confiamos em nossas mulheres», sublinhou, acrescentando sua certeza de que são uma grande «força para continuar os esforços e avançar ainda mais no desenvolvimento da nossa Revolução e na melhoria da construção do nosso socialismo».

A ocasião foi propícia para o Secretariado Nacional da FMC entregar reconhecimentos a companheiras de destaque das FARs e do Minint. Da mesma forma, as duas instituições estenderam reconhecimentos à Federação por ocasião de seu 61º aniversário, recebidos por Teresa Amarelle Boué, secretária-geral do Comitê Nacional da FMC.

Por sua vez, o primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, recebeu selos comemorativos dos aniversários das Forças Armadas Revolucionárias e do Ministério do Interior.