ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Endrys Correa Vaillant

Cuba vive acordada e tenaz diante do maior desafio que a civilização enfrenta: a Covid-19. Seus filhos não fazem pausas em meio do esforço — seja em uma sala de tratamento intensivo ou em um helicóptero que transporta oxigênio medicinal contrarrelógio — ninguém se conformaria com uma epidemia que está matando pessoas amadas; e no nível mais alto, de onde o país se dirige, o território é visto como um grande campo de batalha que é monitorado de hora em hora.

Em relação a este último, importa referir que as reuniões do Grupo de Trabalho do Governo Provisório para o enfrentamento da Covid-19 são ferramentas de indiscutível valor, pois é neste tipo de reuniões que, com a participação de autoridades de todas as províncias através de videoconferência, o que foi feito é verificado, as estatísticas são examinadas para iluminar o que está funcionando e o que não está, e passos imediatos e decisões de longo prazo são planejados.

O encontro que teve lugar esta segunda-feira, 23 de agosto, conduzido desde o Palácio da Revolução pelo primeiro secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, bem como pelo primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, examinou novamente os números sobre o comportamento de transmissão da epidemia, analisou detalhadamente como está a disponibilidade de oxigénio medicinal em cada território, e também analisou como tem funcionado o sistema eletroenergético nacional nas últimas horas.

Nenhum problema é subestimado neste cenário de trocas. Busca-se que os caminhos sejam os da otimização de todos os conhecimentos e recursos disponíveis. O chefe do Estado, por exemplo, voltou à ideia de gerenciar as altas hospitalares com maior precisão e agilidade, pois impactam diretamente no número de casos ativos da Covid-19, e um bom trabalho nesse sentido poderia aliviar muitas tensões para nosso sistema de saúde.

NÚMEROS QUE SERVEM PARA TRABALHAR

Informação ampla e detalhada sobre o comportamento da transmissão da epidemia foi oferecida durante a reunião do Grupo de Trabalho pelo ministro da Saúde Pública, José Ángel Portal Miranda, que afirmou que no final da 33ª semana (assinalada em 21 de agosto), a média de casos da Covid-19 por dia era de 8.998 — valor que ultrapassava em 39,2% os números de do mês de julho.

Os maiores índices de transmissão do coronavírus, durante o mês atual — segundo o Portal Miranda — «estão ocorrendo nas províncias de Havana, Cienfuegos, Ciego de Ávila, Pinar del Río, Santiago de Cuba, Holguín, Camagüey, Artemisa e Villa Clara . É nesses territórios que se concentram em todo o país 76% dos casos diagnosticados em agosto».

A fatalidade acumulada desde o primeiro momento da pandemia até o final da 33ª semana foi de 0,78%. E no mês atual, segundo o ministro da Saúde, a letalidade atingiu a cifra de 0,90%.

Referindo-se ao andamento do processo de vacinação na Ilha, Portal Miranda disse que, até o dia 21 de agosto, 12.506.728 de doses foram administradas à população. Em relação à população total de Cuba, 44,3% dela já recebeu a primeira dose; 39,6 tem uma segunda; e 28% chegou à terceira.

Outros dados compartilhados no encontro também são animadores: a província de Havana, por exemplo, diminuiu no final desta última semana, em relação à semana anterior, sua taxa de transmissão da doença em 29,4%. A província de Matanzas, no mesmo indicador, teve um decréscimo de 30,5%. E a de Ciego de Ávila, que nos últimos tempos tanto preocupa o país, atingiu um decréscimo de 0,2%.

Tais números são eloquentes, como costuma ser analisado neste tipo de encontro, de como nos caminhos do esforço existem fórmulas que dão resultados e que, quando isso acontece, vale a pena levá-las aos lugares mais urgentes do país.