ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Estudios Revolución

«Até agora tudo corre bem?», questionou o primeiro secretário do Comité Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, na tarde desta quarta-feira dia 1, ao pé da maquinaria em que técnicos cubanos e de outras latitudes estão envolvidos no ajuste das novas peças que permitirão deixar para trás uma importante avaria e retomar a produção de oxigênio medicinal em níveis ótimos para Cuba.
Foi na fábrica de gases industriais Oxicuba SA, localizada no município de Cotorro, na capital, que o chefe de Estado –acompanhado pelo primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, o ministro da Indústria, Eloy Álvarez Martínez, e outros executivos –se interessou por detalhes técnicos, em visita que acompanha as ações de restauração, e que teve como precedente a realizada pelo dignitário, ao mesmo local, no dia 27 de agosto.
«Que dia estaríamos produzindo?», perguntou Diaz-Canel ao engenheiro termoenergético Guillermo Méndez Pedraza. Em meio aos ruídos produzidos por outros trabalhadores da fábrica ao ajustar as peças às máquinas que garantirão a produção, Méndez disse ao presidente que na sexta-feira, ou na madrugada do próximo sábado, tudo começará a funcionar. As entregas seriam graduais, depois de tantos dias em pausa.
O presidente quis saber sobre os ajustes das maquinarias, sobre os sistemas de engates. Mais de uma vez ele quis saber se tudo está indo bem. E Guillermo Méndez disse: «Estamos bastante tranquilos». Ele argumentou que os passos dados até agora estão «indo bem; é o importante. O mais complexo é montar a máquina e conseguir fazer todos os ajustes que precisa».
Díaz-Canel, que em algum momento aludiu à tranquilidade que advém de poder aliviar as tensões vividas pelo país nas últimas semanas com a disponibilidade de oxigênio medicinal, quis saber se os técnicos cubanos estão compreendendo bem seus colegas estrangeiros. Em seguida, Méndez, de uma serenidade que poderia lembrar a qualquer pessoa a criatividade e a capacidade do cubano para enfrentar grandes desafios, falou sobre as linguagens e foi mais além: «a técnica é uma só, tem uma linguagem uniforme».
Pouco antes desse diálogo, o diretor-geral da Empresa OxiCuba, SA, José Manuel Gámez Álvarez, proferiu aos jornalistas que colocar em óptimas condições aquele local que produz oxigênio, nitrogênio e argônio para a maior parte do país, tem sido complexo: «hoje estamos em um momento de solução da falha que tivemos há algum tempo, (…) estamos, neste minuto, concluindo as etapas de montagem das (novas) peças».
«O que significaria para a fábrica agora em reparo começar a operar em ótimas condições? », perguntaram os jornalistas; ao que Gámez Álvarez respondeu que quando a grande fábrica começar a produzir, elimina-se a diferença entre oferta e procura, cobre-se toda a procura e ainda mais. O gerente geral disse que «a partir do domingo estamos no processo de montagem das peças».
Para ilustrar o benefício do conserto atual, Marena Alemán Oramas, presidente do Grupo Empresarial da Indústria Química, entidade à qual pertence OxiCuba s.a, conversou com os jornalistas. Essa fábrica, sublinhou, produz mais de 95% do oxigênio que o país precisa, o nitrogênio e 100% do argônio. Tem um impacto, além da sensível área da Saúde, em toda a economia.