
No final da semana passada, em Cuba, umas 10.354 menos pessoas foram diagnosticadas com a Covid-19 do que no mesmo período anterior. A diminuição dos casos confirmados, que se mantém nas últimas quatro semanas, «mostra claramente uma diminuição da intensidade da transmissão da doença em todas as províncias».
O fato foi confirmado esta segunda-feira, 18 de outubro, pelo ministro da Saúde Pública, José Ángel Portal Miranda, na reunião do Grupo de Trabalho Temporário para a Prevenção e Controle do Coronavírus, chefiado, desde o Palácio da Revolução, pelo membro do Bureau Político e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz.
Apesar desta realidade animadora, Portal Miranda insistiu na necessidade de ter presente que «a epidemia em Cuba não terminou».
«Embora os casos e óbitos mantenham uma taxa de declínio» — precisou — «e as nossas vacinas tenham se mostrado eficazes, mesmo contra as variantes Beta e Delta, que têm predominado no cenário de vacinação, é importante redobrar todos os esforços e o controle para que os números continuem seu curso decrescente».
Como elementos favoráveis, o ministro destacou, ainda, que ao final da última semana, em todos os territórios, o número de pacientes internados diminuiu. Umas 8.683 pessoas permaneceram doentes, o que significa 28,8% a menos que nos sete dias anteriores.
Comportamento semelhante foi manifestado em relação aos falecidos, pois na semana analisada ocorreram 64 mortes a menos que na anterior, em decorrência do Sars-cov-2. Mais mortes ocorreram nas províncias de Las Tunas e Ciego de Ávila do que na semana anterior.

Todas as províncias, com exceção de Camagüey, explicou, «diminuíram sua taxa de incidência por 100.000 habitantes, nos últimos 15 dias. Apenas Pinar del Río e Sancti Spíritus mantiveram esse indicador de saúde acima de mil».
Ao comentar os gráficos que mostram o comportamento da epidemia nas províncias durante as últimas 11 semanas do ano, o ministro da Saúde destacou o caso de Villa Clara, «que tem mantido a contenção da doença, apesar de ser dos territórios que posteriormente deu início à estratégia de vacinação de sua população».
«Essa tendência a diminuir os números de uma forma geral» — disse — «temos de mantê-la com esforço e muita disciplina. Nas províncias de Camaguey, Pinar del Río, Sancti Spíritus, Holguín, Las Tunas e Villa Clara, que apresentaram a maior incidência da doença no final da semana, se concentraram 74% dos casos».
Especificamente sobre a estratégia de vacinação, o ministro da Saúde Pública garantiu que «continua correndo bem». Mais de 300.000 doses foram administradas em 16 de outubro, o que mostra um bom índice de imunização.

Até aquele dia, explicou, «99,2% da população cubana vacinável havia recebido a primeira dose e 84,2% a segunda. Enquanto isso, 69,2% completaram o esquema de vacinação, que inclui a aplicação da Soberana Plus em convalescentes». Como é de praxe nestes encontros, trocou-se por videoconferência com as autoridades governamentais das diferentes províncias, onde se informou da estabilidade no fornecimento de oxigênio medicinal e da situação eletroenergética.
Em territórios como Pinar del Río, com a maior taxa de incidência por 100.000 habitantes nos últimos 15 dias, com 1.605,3, soube-se, por exemplo, que este indicador de saúde caiu 58,4% em relação à semana anterior.
Da mesma forma, foi enfatizado que Camaguey, mesmo quando atinge um melhor desempenho de outros indicadores, deve trabalhar para manter uma maior estabilidade em sua taxa de incidência.
Além da diminuição que se manifesta nos números associados à epidemia em Cuba, o desafio agora é poder avançar com sustentabilidade no controle da doença, principalmente em um momento em que se aproxima o tão esperado retorno dos alunos às salas de aula.







