ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Foto Obra de Michel Moro 

Um hino redentor com seu chamamento «ao combate, corram…», uma cidade pela primeira vez livre do jugo estrangeiro, e uma história que começou sendo mambisa para depois erigir-se rebelde, lembra-nos cada 20 de outubro por que aninhou no sentimento cubano o orgulho tremendo de comemorar nesta data o Dia da Cultura Nacional.

Contudo, são muitas as razões para comemorar e defender o que também, neste caimão barbudo, entendemos como nossa própria identidade.

E é que, considerada escudo e espada da nação, «seiva da liberdade» e mistura sublime das mais arraigadas raíces, a cultura cubana constitui uma trincheira moral que enaltece a obra emancipatória da Pátria.

Para confirmá-lo, basta com adentrar-nos no ajiaco autêntico e crioulo que fraguou os cimentos da nação, ou com repassar o empurrão cultural desde o triunfo revolucionário de janeiro de 1959, com o protagonismo de artistas, criadores, historiadores e intelectuais que souberam tocar, por igual, a «alma» das comunidades montanhosas como das cidades; que arrancaram aplausos enardecidos tanto em teatros quanto em bairros intrincados; ou que colocaram no mais alto de um cenário internacional as cuatro letras de sua pequena Ilha.

A essa cultura, que se estendeu como símbolo de um país, à educação, aos esportes e à medicina, querem arrancá-las de nossos peitos com convites, do cenário virtual, ao esquecimento histórico e ao desapego dos valores forjados pela Revolução.

São os inimigos de sempre, empenhados — em meio do complexo cenário que enfrenta Cuba com a intensificação do bloqueio e o impacto da COVID-19 — em dirigir seus laboratórios de subversão contra o coração mesmo da Pátria: sua cultura.

Em face desta guerra não convencional, na qual se defende, sobretudo o presente e o futuro da nação, o primeiro-secretário do Partido e presidente Díaz-Canel deixou claro qual é a posição de nosso povo.

«Dentro da Revolução», disse, «continua existindo espaço para todo e para todos, exceto para aqueles que pretendem destruir o projeto coletivo... Em Cuba, 2021, não há espaço para os anexionistas nem para os mercenários do momento».